O colonialismo implícito, enquanto lógica que fundamenta o binômio Modernidade/Colonialidade, tem atuado, subliminarmente, através de processos escusos e violentos de introjeção política, ideológica e epistemológica, que geraram/gera como subprodutos, apagamento e morte das epistemologias, alteridades, culturas, cosmovisões, identidades e histórias dos povos não-europeus colonizados, índios e negros, em benefício da perpetuação da racionalidade moderna eurocentrada, monocultural, que atribui a Ciência Moderna, forma de pensamento científico étnocentrada, o monopólio universal do estabelecimento de dicotomias. Assim, inserida num cenário de emergência de ações multi-locais, que intenta à produção e validação de conhecimentos ancorados nas experiências de (re)existências e lutas dos grupos sociais subalternizados, o presente texto, apresenta um recorte de cunho teórico da primeira etapa (revisão da literatura) de uma pesquisa doutoral, que intenta (re)conhecer, registrar e validar os conhecimentos (“saberes tradicionais”) produzidos, sobre o uso de plantas como recursos terapêuticos etnofarmacêutico, em duas Comunidades Remanescentes Quilombolas, localizadas no estado de Sergipe.