Os agentes político-econômicos que tomaram o poder, no Brasil, em 2016 procuraram separar a educação da política ao emitirem declarações que demonstram um profundo desconhecimento histórico. Assim, objetivamos mostrar neste ensaio que a educação é um fenômeno intrinsecamente político e para isso nos utilizamos das propostas de Hannah Arendt e Jürgen Habermas para o conceito de “esfera pública”. Com essa categoria de análise de fenômenos políticos, foi possível dar sentido a alguns eventos contemporâneos, como o “ativismo dos indiferentes”, o “escola sem partido” e o “Novo Ensino Médio”. Com exemplos materiais demonstramos como o olhar arendtiano e habermasiano são importantes para entendermos a educação como um fenômeno político. Por fim, apresentamos alguns caminhos, dentro dos arcabouços teóricos dos dois autores para que a educação possa resistir aos ataques de agentes político-econômicos com suas agendas próprias.