Este estudo tem como objetivo analisar a inserção da teoria cosmológica do Big Bang nas coleções de Física aprovadas pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático de 2018, especialmente procurando verificar possíveis imagens deformadas da ciência a partir do trabalho de Gil-Pérez e colaboradores (2001), tendo em vista a importância dos Livros Didáticos e a perspectiva da inserção de tópicos de física moderna no currículo escolar. Para tanto, fundamenta-se na Teoria da Transposição Didática, alinhando-se com os pressupostos da análise de conteúdo de Bardin. Como resultados, esta análise revelou que as coleções que apresentam o conteúdo da teoria cosmológica do Big Bang propagam imagens equivocadas da ciência, como visões aproblemáticas, elitistas e neutras, revelando a necessidade de um maior cuidado quanto ao exercício da vigilância epistemológica no processo de transposição didática, além de materiais didáticos que alinhem a natureza da ciência ao ensino de cosmologia.