A sexualidade é pouco trabalhada no contexto escolar, dada a falta de qualificação do professor para desenvolver este tema, além disso, ainda existem alguns preconceitos e tabus a serem quebrados, desta forma, é importante questionar quais os tipos de praticas educativas que favorece e promove a educação sexual na escola. A pesquisa foi fundamentada nas propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais 2001, quando deixa claro que este tema é necessário para a formação de sujeitos sociais e cidadãos democráticos, além das Teorias de Salla e Quintana (2012), quando cita a responsabilidade dos educadores para planejar de forma adequada as práticas educativas nas questões da educação sexual. Esta investigação tem como objetivo refletir sobre ações interdisciplinares sobre a sexualidade nos processos de planejamento educacional da Escola Estadual Odete Mendes em Itabaiana na Paraíba, bem como, identificar os métodos que são utilizados para aplicação desses conteúdos nas aulas; discutir a importância da abordagem desses conteúdos na sala de aula e investigar se na escola tem algum projeto de orientação sexual e se segue a proposta dos PCNs. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa de campo de abordagem qualitativa, cujas analises serão realizadas a partir das propostas dos PCNs,e nas contribuições teóricas de Salla e Quintana, foi realizada numa escola publica de Itabaiana-Paraíba, que teve como sujeitos 3 professores e a diretora. Como instrumento de coleta dos dados foi utilizado questionário semi estruturado. Os principais resultados da pesquisa indicam que, os professores das demais disciplinas deixam esta responsabilidade para o professor de ciências, alegando que nas suas disciplinas não há como trabalhar este assunto, sobre o projeto de orientação sexual a escola não possui, mas o tema estar no currículo da escola e é trabalhado de acordo com o livro didático. Mas ficou claro que o assunto tem uma grande importância para prevenir doenças e a gravidez na adolescência que vem se tornando cada vez mais comum. A transversalidade proposta pelos PCNs não corresponde com as representações dos educadores entrevistados, que ainda mantém uma concepção que este tema só deve ser trabalhado nas aulas de ciência e de acordo com o livro didático utilizado. A educação sexual é uma abordagem importante e a escola tem a necessidade de profissionais qualificados nesta área para que possa ajudá-los a trabalhar esse tema com os alunos, já que para eles a sexualidade é assunto para especialistas e é deixada a responsabilidade só para o professor de ciências, Salla e Quintana, já citava que os professores na sala de aula tinham uma visão reducionista e sem responsabilidade com o tema, quanto à proposta dos PCNs que prever uma abordagem transversal e continua ela não esta se concretizando.