Artigo Anais do XIII Congresso Internacional de Educação Fisica e Motricidade Humana e XIX Simpósio Paulista de Educação Física

ANAIS de Evento

ISSN: 2527-2268

RESPOSTA CURSO-TEMPORAL DE CREATINA QUINASE MUSCULAR ESQUELÉTICA APÓS TESTE INCREMENTAL EM RATOS

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Publicado em 24 de março de 2023

Resumo

Sabe-se atualmente que a realização do exercício físico causa alterações morfológicas no músculo esquelético dependendo da intensidade e da duração em que se é realizada. Assim, faz-se relevante determinar individualmente as intensidades de esforço para o estudo das repercussões fisiológicas da execução do exercício e treinamento físico de acordo com o tempo. Um protocolo comumente utilizado para esta finalidade é o teste incremental, que permite a determinação do limiar metabólico. Entretanto, ainda não estão claras as consequências curso-temporais da aplicação do teste sobre marcador de dano muscular. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi analisar a resposta curso-temporal da creatina quinase (CK) sérica após a aplicação do teste incremental. Foram utilizados 70 ratos albinos da linhagem Wistar, exceto os animais do grupo controle (CT) todos os animais foram previamente submetidos a adaptação ao meio líquido dos 76 aos 89 dias de idade. Aos 90 dias houve a realização do teste incremental que consistiu em 7 estágios de 5 min com sobrecargas correspondentes a 4; 4,5; 5; 5,5; 6; 6,5% e 7% da massa corporal (% MC). Coleta de 50 µL de sangue foi realizada imediatamente após o teste incremental para o grupo 0 (G0), ou 1, 2, 3, 4, 6, 9 ou 12 dias após para os grupos G1, G2, G3, G4, G6, G9 ou G12. A análise foi realizada por método enzimático em espectrofotômetro (SpectraMax i3, Molecular Devices) a 340nm com kit comercial LaborLab. A análise dos dados está expressa em média e desvio padrão da CK, também sendo utilizada anova one-way e post hoc de Newmann-Keuls, com o nível de significância de 5% (P<0,05). A média e desvio padrão da CK para cada grupo foi a seguinte: CT 189,488±94,029U/L, G0 302,944±199,025U/L, G1 397,568±168,554U/L, G2 466,844±217,316U/L, G3 502,033±259,447U/L, G4 554,584±200,852U/L, G6 542,544±207,545U/L, G9 566,102±110,038U/L e G12 421,688±96,302U/L. Observou-se o efeito do tempo sobre a CK (F = 2,4886, P= 0,024). O post hoc demonstrou diferença do CT vs G4 (P=0,028), G6 (P=0,030) e G9 (P=0,026). Em suma, o CT foi igual ao G0, G1, G2, G3 e G12, e menor que G4, G6 e G9, demonstrando que a CK demorou 4 dias para se elevar significativamente e permaneceu maior até o nono dia, retornando ao valor significativamente igual ao controle somente no dia 12. Desta forma, conclui-se que ao menos quando se baseia apenas em CK, necessitamos de um intervalo de 12 dias para que o valor retorne estatisticamente ao padrão pré-teste incremental, quando aplicado em ratos sedentários.

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