Este artigo disserta sobre os resultados parciais de uma pesquisa que se propôs investigar evidências de conteúdo atitudinal em uma prática de educação ambiental (EA) na Educação Infantil na Rede de Ensino de Recife. A EA no Brasil tem seguido um viés conservador, fragmentado, distante da realidade e pouco contribuinte na formação de atitudes sustentáveis. Consideramos, no entanto, que as práticas de EA devem ser inseridas desde a educação infantil, sendo fundamentadas em questões socioambientais reais, abordadas numa dimensão inter e transdisciplinar, voltadas a formação de atitudes. Nesse sentido, esta pesquisa de cunho qualitativo, investigou uma prática de EA na Educação Infantil, através de análise de conteúdos, a partir das observações e filmagem de uma aula de EA num grupo infantil, a luz das teorias de autores como Zabala (1998), Kramer (1994), Pimenta (2006), Correia (1989), Morin (2004) e Loureiro (2012). Percebemos, por meio das observações e filmagem, que a prática vivenciada se propôs a ser cotextualizada, à medida que abordou sobre o rio próximo às residências da maioria das crianças, e inovadora ao propor o uso de tecnologias como o multimídia em sala de aula. Porém, temos uma analise critica sobre a prática pedagógica, que se mostrou reducionista, uma vez que se resumiu em observar imagens de brinquedos projetadas e reproduzi-los com materiais reutilizados trazidos pela professora “A”. Consideramos que uma prática que proporcione a formação de atitudes, sendo portanto, transformadora, deve superar a simples reprodução do conhecimento, através de brinquedos recicláveis pelas crianças.