A Educação é um dos direitos universais inalienáveis, componente da Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento universal e supremo. Seu acesso e permanência é apontado, sem margens de discussão, como sendo responsável pela melhoria na/da qualidade de vida das pessoas, independente de qualquer variável social. Desta feita, o objetivo deste é descrever a percepção de pessoas trans quão ao acesso e permanência à Educação no Brasil. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório realizado no ambulatório de um hospital de referência para o Processo Transexualizador localizado em Fortaleza, capital do Estado do Ceará. Foi realizado no período de 2018 a 2021, tendo como participantes 04 (quatro) profissionais de saúde que atuam diretamente no atendimento às pessoas trans. A coleta dos dados utilizou-se da técnica de produção do Mapa da Empatia e constituição da persona. Seguiu-se um roteiro prévio contendo 07 (sete) categorias a serem avaliadas utilizando a Análise de Conteúdo de Bardin, respeitando os princípios éticos das Resoluções 466/2012 e 580/2018. Segundo as personas o acesso e permanência à educação ainda é percebido e reconhecido como inoperante e principal barreira de desenvolvimento humano, considerando as inúmeras inacessibilidades por ausência de qualificação profissional, preconceito social e de mercado de trabalho além de outros. Urge a necessidade de reconhecer, respeitar e garantir o acesso à educação por pessoas trans por meio de políticas públicas de acessibilidade e inclusão. Isto demanda, indubitavelmente, revisão do modelo sistemático educacional que ainda se mantém enraizado no modelo patriarcal excludente assim como a formação dos trabalhadores da Educação.