Se a educação é um processo de constante evolução, onde a medida em que os conhecimentos são compartilhados a aprendizagem pode ampliar-se e aprofundar-se, como atingir toda sua potência e possibilitá-la a alunas e alunos se os campos do saber são limitados? Se a escola é um espaço múltiplo e diverso, como negar os vários saberes que ali se apresentam? Estes são dois dos vários questionamentos que provocam tensões e fazem emergir a necessidade deste trabalho, o qual, por meio de uma revisão narrativa, objetiva discutir as possibilidades oferecidas pelas novas pedagogias que nascem no berço pós-estruturalista. A educação marginal, compreendida enquanto um conglomerado destes saberes, outrora invisibilizados, propõe o exercício do sentir e da experiência enquanto necessários para a construção dos “saberes livres”, à exemplo das perspectivas decoloniais, da interseccionalidade, das pedagogias feministas e queer, bem como da complexidade. Diante das análises construídas, de maneira muito sintética, pode-se afirmar que tais perspectivas não preocupam-se com o final, com o esgotamento do pensar, mas com o processo e todas as possibilidades que dele surgem, numa abertura ao compartilhar dos saberes diversos.