A formação continuada de professores é tomada, neste trabalho, como um contexto que possibilita ressignifcar práticas a partir de reflexões sobre o trabalho docente. Por isso, critica-se os modelos que se pautam em um tecnicismo e no conteudismo. Ademais, critica-se as diversas formas de aproximação da Psicologia com o campo da formação de professores, as quais se caracterizam por ratificar a dominância do saber psicológico sobre o saber pedagógico, produzindo a psicologização dos fenômenos educacionais. Defende-se, no entanto, que uma Psicologia Escolar Crítica tem muito a contribuir com esses espaços, visto que, a partir da criatividade que lhe é própria, constitui-se num fazer que busca transformar a realidade da escola mobilizando os sujeitos que atuam nela para que o acesso ao legado cultural produzido pela humanidade possa ocorrer. Assim, pode mediar, junto a professores, processos de transformação de si e de suas práticas. Este trabalho se constitui num estudo teórico, pautado numa revisão de literatura. A partir dos trabalhos pesquisados e analisados, destaca-se uma série de fatores de contribuição da Psicologia Escolar para a formação continuada de professores. Assim, ressalta-se o manejo da Psicologia Escolar com ações que envolvem a consideração e a validação da subjetividade e das emoções, o diferencial de intervenções contextualizadas e situadas histórico-culturalmente, a potência de intervenções alavancadoras de contradições e a necessidade de relações de parceria.