A relação trabalho e educação é objeto de disputa acirrada no sistema capitalista. Um grande debate sobre as políticas educacionais é a perspectiva capitalista voltada ao trabalho e uma visão politécnica como um projeto para o ensino médio. O artigo reflete sobre dados que embasam a compreensão de discussões acerca do ensino médio integrado e como uma educação de nível médio, de base politécnica, e que busca visões políticas educacionais do país, contextualizando ainda as relações capitalistas de produção. Este artigo tem por finalidade resumir através de revisão as diferentes publicações acerca de discussões, análises e reflexões que mapeiam a marcha do Ensino Médio Integrado (EMI) para a politecnia. Ao longo deste documento, apresentam-se as concepções de ensino politécnico de grandes estudiosos do tema, desde Ciavatta a Moura e Saviani. Onde, em algumas discussões apresentadas nos documentos analisados, pode-se constatar o forte embasamento teórico para a implantação do Ensino Politécnico e sua relação com a prática. Dessa forma, deixa-se evidente que politecnia não é mera preparação de mão de obra de baixo custo, mas, o domínio das diferentes técnicas e saberes essenciais à vida cultural, econômica, histórica, política e social, não necessariamente nesta ordem, possibilitando o desenvolvimento pleno do aluno.