A escola é o principal meio de inclusão social por lidar com a diversidade, devendo oferecer uma educação de qualidade para todos os alunos independentemente de suas singularidades. A Lei garante ao aluno surdo a comunicação em sua língua natural, a Libras, com a presença, em sala de aula, do Tradutor Intérprete de Libras. Sabe-se que o imaginário social constrói modelos e padrões que são culturalmente associados aos papeis que cada pessoa/profissional assume ao longo de seu processo histórico (MOSCOVICI, 2007). Considerando-se os referenciais ideológicos relacionados ao papel do professor e à dinâmica das interações que ocorrem no espaço da escola, buscou-se, neste trabalho, conhecer a imagem que o docente faz do TIL, como se dá a relação entre ambos e a prática do tradutor/intérprete no sistema inclusivo. Foi usado como instrumento de coleta de dados uma entrevista semiestruturada, tendo a pesquisa sido realizada por meio de entrevistas em uma escola Municipal de referencia em educação de surdos da cidade do Recife com seis professores da modalidade EJA. A pesquisa revelou que os professores, em sua maioria, conhecem o papel do TIL, e entendem a importância deste profissional na intermediação com a pessoa surda; prezam que os tradutores dominem a língua de sinais para auxiliar no entendimento claro do conteúdo por parte dos alunos. Entretanto, em consequência da carência de profissional e de outros fatores, os intérpretes não atendem ao modelo esperado pelo professor.