Sabe-se que os surdos são seres bilíngues por natureza, isto é, têm que dominar as duas línguas usadas cotidianamente: a Libras e a portuguesa. Aquela é a sua língua materna e esta é a sua segunda língua. Contudo, vários problemas surgem quando se trata do ensino da Língua Portuguesa para os surdos, não devido às metodologias e a didática aplicadas, senão a alguns conteúdos que para a língua vernácula são fáceis de serem assimilados, mas que para a Libras são inexistentes, tais como os artigos definidos e indefinidos e as preposições. Nosso objetivo com esse artigo é o de levantar uma reflexão sobre a dificuldade apresentada pelos surdos na absorção do tema intitulado e propor um método para o ensino do mesmo partindo de experiências com alunos surdos na modalidade de ensino particular, por crermos que, assim, os sujeitos surdos estarão menos inibidos de expressar as dificuldades que têm com a língua de Augusto dos Anjos. Para tanto, utilizaremos como metodologia a pesquisação, isto é, a prática pedagógica associada às teorias do ensino-aprendizagem da/para a pessoa surda. Utilizaremos como bibliografia autores que centram seus estudos na área da Educação para pessoas surdas e/ou estudos linguísticos com respeito a Libras, tais como: Gesser, Karnopp e Quadros.