A escassez de materiais didáticos, sobre temas relacionados à saúde, produzidos em Língua Brasileira de Sinais – Libras, é um dos muitos obstáculos que os surdos brasileiros enfrentam na busca por conhecimento e atendimento de suas queixas. Essa realidade não os expõe, apenas, a vulnerabilidades relacionadas ao diagnóstico, tratamento e prevenção de ordem física, mas também mental e social. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a população brasileira é a mais ansiosa do mundo, o que revela a importância da disseminação de informações sobre transtornos de ansiedade, prevenção e tratamento. Todavia, a maior parte dos materiais sobre o tema estão em língua portuguesa oral e escrita. A efetividade dos recursos visuais como instrumento didático para os surdos possui grande amparo na literatura. Entretanto, não se delimitou formas eficientes da exibição videográfica da Libras concomitante à apresentação de elementos gráficos, apesar dessa interação apresentar amplo potencial comunicacional para surdos. Neste cenário, o presente trabalho teve como objetivos apresentar e discutir os desafios da produção de material educativo em português e Libras sobre o Transtorno de Ansiedade Generalizada - TAG. Os cuidados metodológicos e linguísticos, bem como as técnicas videográficas utilizadas para atender às particularidades desses indivíduos, foram priorizados. Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre TAG, a existência de sinais em Libras dos verbetes técnicos e as melhores práticas videográficas para exibição de conteúdos informativos/comunicacionais para os surdos. Dentre os desafios da produção de conhecimento científico em Libras está a baixa popularização ou inexistência de termos técnicos na língua, que se agravam pelas variações regionais. Essa realidade torna necessário um estudo linguístico, com a participação da comunidade surda e utilização de recursos como datilologia e legenda na produção. Espera-se que os pontos abordados nesse trabalho sejam norteadores para novas produções videográficas sobre temas relacionados à saúde mental para o referido público.