Com a Lei nº 10.639/2003 e suas diretrizes curriculares, a inclusão da temática história e cultura afro-brasileira e africana no contexto escolar vem mostrando efeitos significativos, tendo em vista que a legislação não significa apenas a inclusão de novos conteúdos no currículo de ensino, mas uma prática pedagógica que reconhece a diversidade étnico- racial existente no processo de formação da sociedade brasileira. Assim, a proposta desse artigo é discutir de que maneira a inclusão de histórias narradas pelos idosos de comunidades quilombolas na esfera escolar atua para contribuir e na construção de identidade negra. Nesse sentido, refletimos a importância de considerar o currículo multicultural e de valorizar a memória dos idosos para a criação de valores identitários aos remanescentes de quilombos. Para isso, adotamos como aporte teórico os seguintes estudiosos: Candau (2007), Hall (2006), Pollak(1992), Laville (2005). Nossa pesquisa tem avançado no sentido de refletir sobre o currículo escolar de forma multicultural e evidenciar a importância das memórias dos idosos quilombolas como registro de suas histórias que foram silenciadas pela história imposta pela cultura dominante branca.