RESUMO O presente artigo se propõe a realizar uma breve discussão a respeito das vinculações entre a reforma do Ensino Médio e o avanço da precarização do trabalho e do emprego, personificados pelo trabalho intermitente e trabalho temporário presentes na minirreforma trabalhista do Governo de Michel Temer, bem como, pela expansão do trabalho de perfil uberizado. Da mesma forma, pretende-se discutir a relação entre o Novo Ensino Médio e as demandas de reformas políticas neoconservadores implantadas no Brasil nos governos que sucederam o golpe parlamentar de 2016 que resultou no impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Isto posto, utiliza-se a pesquisa bibliográfica com base em autores das áreas de economia, sociologia do trabalho, direito do trabalho e educação que debatem questões relativas ao mundo do trabalho e suas relações com as reformas e diretrizes que norteiam as políticas públicas de Educação em nosso país, definindo-se para tanto, como método de abordagem o referencial teórico do Materialismo Histórico-Dialético, a partir de algumas categorias de análise tais como, contradição, relação capital-trabalho, exploração e precarização do trabalho. Como resultado pretende-se evidenciar os interesses econômicos, políticos, ideológicos que influenciaram a elaboração da Reforma do Novo Ensino Médio cuja lógica está associada ao contexto de avanço do processo de precarização do binômio trabalho/emprego e também da agenda política de reformas neoconservadoras implementadas a partir de 2016 em nosso país.