A Constituição Federal assegura o direito de toda criança à educação, de preferência na rede regular de ensino. No entanto, como crianças portadoras de necessidades especiais, entre zero e cinco anos, são atendidas em creches regulares se o espaço físico não é adequado a esta diversidade? O presente estudo objetivou analisar a percepção das professoras de um centro de referência de educação infantil, no município de João Pessoa, sobre o direito das crianças à acessibilidade e, assim como, verificar como vem sendo trabalhada a inclusão de crianças com necessidades especiais dentro deste espaço escolar. Este estudo está fundamentado nas concepções teóricas de MITTLER (2003) e RIBEIRO (2004). Foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica e, em seguida, a coleta de dados a partir de uma pesquisa de campo exploratória, de cunho qualitativa, realizada através de entrevistas semiestruturadas com três professoras da referida instituição. Analisaram-se as respostas de cada professora e os dados mostraram que elas entendem a importância do espaço físico para as práticas pedagógicas inclusivas e percebem que a creche em questão apresenta inadequação do espaço para acolher crianças com necessidades especiais, ressaltando ainda a falta de preparação dos professores para receber estas crianças. Nota-se que a inclusão não será efetivada enquanto educadores não tomarem para si a responsabilidade da transformação do ambiente e de sua preparação pessoal.