A análise comparativa entre os silicatos do grupo tectossilicatos, cornalina e opala de fogo tem como intuito identificar e distinguir as características físicas macroscópicas das gemas, fundamentadas em embasamentos teóricos e práticos. Foram utilizadas técnicas simples com uso de balança hidrostática, canivete, minerais com durezas conhecidas (apatita, ortoclásio, quartzo e topázio), lanterna de luz branca, lupa de bolso, paquímetro e celular para fotografias, usando uma espécie de cada mineral para caracterizar os cristais brutos. Foram ressaltadas semelhanças visuais nas amostras de mão, tais como: hábito cristalino amorfo, fratura conchoidal, matizes de cor vermelha em tons que variam de castanho a marrom, brilho vítreo, com ausência de inclusões internas e clivagem. As gemas apresentam diferenças perceptíveis quando analisadas de maneira criteriosa nas unidades selecionadas, sendo a cornalina menos translúcida e mais densa, possuindo brilho vítreo fosco e dureza 7. Enquanto a opala de fogo é mais translúcida e menos densa, exibe brilho vítreo, dureza 5 e quando exposta em luz branca exibe reflexos intensos, indo do alaranjado ao vermelho. A diferenciação dos fatores auxilia de maneira acadêmica e comercial, pois além do reconhecimento mineralógico, as gemas brutas e lapidadas podem ser facilmente confundidas, sendo o valor da opala de fogo cerca de cinco vezes mais caro que o da cornalina.