Este artigo busca refletir acerca das implicações que o meio social acomete na vida da criança em tratamento de saúde a partir de observações na Classe Hospitalar do Ambulatório de Nefrologia Pediátrica. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa na qual utilizou-se a posição de observadora-participante para melhor entender as ações das crianças pequenas que ocupam e produzem culturas, observar o jogo lúdico que realizam, apreender seus aspectos simbólicos, como costumes e linguagem. O grupo pesquisado consistiu-se em três pacientes, sendo dois do sexo masculino e uma do sexo feminino, com idades entre quatro e sete anos. As interações aconteceram três vezes na semana, pela manhã, durante as sessões de hemodiálises, em um espaço não-formal de aprendizagem. Concluiu-se que o meio influencia a vida das crianças, seja através da construção de uma cultura própria, aquisições de vocabulários do ambiente hospitalar, ou interferências nas brincadeiras de faz-de-conta como recurso de enfrentamento da doença e compreensão do mundo.