A pesquisa do professor pode ser desenvolvida nos mais diversos cenários em que este agente insere-se da Educação Básica (EB) ao Ensino Superior (ES), assim como na Educação Popular. No ES, a pesquisa é envolta por padrões científicos, creditando validação e respaldo técnico ao conteúdo do objeto investigado, valorizando metodologias, métodos e ferramentas distantes da prática profissional. Na EB, a pesquisa da escola ainda é um campo pouco explorado como parte constituinte do fazer docente. Com seus métodos e ferramentas característicos, a pesquisa do(a) professor(a) tem buscado legitimar-se no campo científico e, por vezes, até corre o risco de se descaracterizar como pesquisa da prática profissional, no intuito de tornar-se relevante e aceita na academia. Em resposta aos desafios da pesquisa na EB, o Programa de Mestrado Profissional em Educação Física em Rede Nacional (ProEF) surge como uma política pública de formação continuada ofertada em vinte pólos, que promovem a capacitação dos professores das escolas públicas do país que buscam suporte técnico-científico para melhorarem suas práticas. Com o propósito de entender como a pesquisa desenvolvida no ProEF é compreendida e aplicada pelos professores que o compõem, utilizamos de uma pesquisa descritiva exploratória com abordagem qualitativa, procedimentalmente organizada como uma revisão integrativa de literatura, fundamentada na análise temática de conteúdo. A coleta dos dados ocorreu em duas fases: a primeira, através do site do ProEF e a segunda por e-mail. As dissertações foram armazenadas em nuvem e categorizadas em uma planilha online. Como resultados, identificamos que a região Sudeste possui o maior quantitativo de pólos, enquanto a Nordeste e Sul, a menor. Os pólos da região Sudeste representam 50,93% das produções, seguido pelas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sul. As mulheres representam 47,83% dos professores-pesquisadores concluintes do ProEF, com essa alta inclusão feminina não refletindo todos os pólos.