A proposta deste artigo é uma reflexão acerca do trato da questão racial no ambiente escolar, atestando esta como uma opção eficiente no que tange a propostas da construção da cidadania, utilizando como objeto uma escola municipal da cidade de Picuí, PB, onde através de questionários, entrevistas e observação buscamos diagnosticar o conhecimento e opinião dos alunos acerca desta temática e de como ela é abordada na sala de aula, especialmente na disciplina de história. Enfatizamos sobre a necessidade de se buscar alternativas metodológicas que enalteça, reconheça e valorize as contribuições do povo negro na construção da nossa brasilidade. É preciso propor metodologias que incitem um novo olhar para a contemporaneidade, que instale nos alunos o dever a tomar posicionamentos mais democráticos, garantindo o respeito às diferenças e onde a diversidade racial torne-se habitual. Para isso utilizamos como referência autores como Gomes (2008), Borges (2010), Gonçalves e Silva (2007). Constatamos na analise que grande parte dos alunos tem opinião formada em relação ao tema, mas que seu conhecimento não provém totalmente da escola, e sim de outros dispositivos, como os midiáticos, através de jornais e internet, sendo os conteúdos referentes a esta temática esporádicos. Portanto, pelas observações e depoimentos, entendemos que a escola ainda não dispõe de tantas práticas pedagógicas que viabilizem um contato mais dinâmico dos alunos com a história e cultura afro-brasileira, inviabilizando esta de atuar como um meio produtor de cidadania e sentimento de pertença