O canabidiol, extraído da Cannabis sativa, sem efeitos psicoativos, tem surgido como possível estratégia terapêutica, interagindo com os astrócitos, diminuindo as funções pró-inflamatórias e reduzindo significativamente a morte celular neuronal induzida por β-amiloide, devido a sua capacidade de eliminar espécies reativas de oxigênio e reduzir a peroxidação lipídica, o qual diminuiria o processo de neurodegeneração sendo particularmente interessante quando consideramos o envelhecimento do sistema nervoso. Todas as alterações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento são consequências de mudanças nos processos bioquímicos associados aos sistemas fisiológicos. Uma importante alteração seria a neurosenescência que consiste na perda da eficiência sináptica, podendo evoluir para a perda de neurônios, característica da neurodegeneração, presente em doenças, como a Doença de Parkinson e a Demência de Alzheimer. Como foco do estudo a Doença de Alzheimer é caracterizada pelo acúmulo de placas β-amiloide, uma possível administração de canabidiol poderia diminuir o acúmulo de placas β-amiloide e poderia melhorar a neuroplasticidade durante o envelhecimento. Tendo em vista essa possível forma de tratamento o presente estudo teve como objetivo avaliar, na literatura, possíveis mecanismos de ação que, por meio do canabidiol, levem a neuroplasticidade.