A problemática do presente estudo debruça-se nos sentimentos, emoções, julgamentos e valores que há nas Representações Sociais sobre o envelhecimento para adolescentes, e como atuam as tecnologias de cuidado-educação na sensibilização destes sujeitos para o tema. Objetivo: identificar as representações sociais de adolescentes escolares sobre o envelhecimento e suas relações com o idadismo. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa na seara do saber das Representações Sociais. O campo de estudo foi uma escola de ensino médio profissionalizante na cidade de Fortaleza/CE, com 58 adolescentes entre 12 a 18 anos. A análise dos dados deu-se pelo software Alceste 2012. Uma das classes que foi revelada pelo programa teve a temática sobre o “Idadismo”. Os adolescentes apresentam as nuances do preconceito com o envelhecimento e os idosos no cotidiano, levando em consideração suas experiências individuais e coletivas – além de versarem sobre a dialética entre ser velho e ser idoso, munidos de ancoragens, objetivações e figuras-tipo específicas desta temática. Essa classe representa o universo dos adolescentes no tocante ao que eles entendem por ser idoso e por ser velho. Trouxeram, em suas falas, preconceitos, julgamentos e figuras-tipo que balizam seu pensar sobre essa dicotomia, além de dar ideia de movimento temporal e, consequentemente, do ciclo de vida das pessoas. O envelhecimento é um processo incomum de ser pensado pelos adolescentes, por isso tendem a objetivar em falas que pareçam familiares para que possam assimilar o sentido de como se dá o envelhecer e de como a pessoa ficará idosa, colocando-se como sujeitos nesse movimento e, mais uma vez, trazendo a infantilização do idoso e colocando essa população à margem das inovações tecnológicas, sendo, assim, excluídas do processo produtivo.