Ao longo dos anos, vem-se percebendo que o ensino de botânica apresenta muitos desafios, seja pelo modo como os conteúdos são ministrados pelos docentes, no qual as aulas geralmente seguem um padrão teórico, ou seja pelo desinteresse dos alunos, que muitas vezes não demonstram afinidade pelo tema. No intuito de traçar um panorama sobre esses desafios e identificar possíveis inovações, o objetivo dessa pesquisa de revisão é investigar se o uso de jardins didáticos e áreas verdes podem contribuir para o processo de ensino/aprendizagem dos alunos da educação básica. Para isto, realizou-se uma busca sobre o assunto, através do Google Scholar, aplicando-se descritores previamente estabelecidos, a exemplo: "áreas verdes", "educação básica", "botânica", dentro de um recorte temporal de dez anos. Para plotagem dos resultados produziram-se quadros descritivos, nos quais foram relacionados aspectos considerados relevantes para a análise dos dados. A partir de uma análise preliminar, computou-se 140 bibliografias distribuídas entre artigos, monografias, dissertações e teses. Do total obtido, 28% foram elegíveis, pois atenderam aos critérios de inclusão, os demais foram excluídos. Em meio aos trabalhos avaliados até o momento, observou-se que as áreas verdes e jardins didáticos, ao serem utilizados como ferramentas de ensino, contribuem significativamente na aprendizagem e despertam maior interesse dos alunos, além de conscientizá-los acerca de questões ambientais, considerando a necessidade de uma reestruturação no modelo de ensino tradicional na área de botânica. Aparentemente, a falta de aulas práticas e do contato com os vegetais, de modo que o aluno possa associar a situações cotidianas, pode afetar a aprendizagem, tornando esse processo enfadonho e superficial. Confirma-se que diversas abordagens práticas podem ser utilizadas como forma de complemento à teoria, utilizando-se espaços não-formais, no intuito de promover um ensino significativo de botânica, auxiliando no desenvolvimento do pensamento científico.