A exploração dos recursos forrageiros da caatinga tem sido uma alternativa utilizada pelos criadores buscando a manutenção dos seus rebanhos em tempos de carência de alimento. Assim, a maniçoba (Manihot pseudoglaziovii) aparece como alternativa para suprir as necessidades dos animais durante o período de estiagem, pois apresenta grande potencial nutricional. Desta forma, o processo de secagem desempenha um papel importante pois os criadores podem armazenar essas forragens sem risco de deterioração por um longo tempo. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi estudar a cinética de secagem da forragem de maniçoba em estufa de circulação de ar nas temperaturas de 50, 60 e 70 °C, assim como, ajustar modelos matemáticos aos dados experimentais. A matéria prima utilizada foi adquirida no sítio Bom Sucesso, município de Sossego, PB. As secagens foram realizadas em estufa de circulação de ar utilizando 40 g do material. As cinéticas foram determinadas pesando-se as amostras em intervalos de tempo regulares de 5, 30 e 60 min, até que atingissem o equilíbrio, sendo então determinadas as massas secas. O modelo Midilli foi o que melhor se ajustou os dados experimentais nas temperaturas estudadas, apresentando os maiores valores de coeficiente de determinação e menores desvios quadráticos médios e qui-quadrados. Os resultados indicaram que a temperatura influência a taxa de secagem, onde o tempo de secagem diminui à medida que aumenta a temperatura do ar. O tempo necessário para alcançar o teor de água ideal foi de 340, 300, 240 min para as temperaturas de 50, 60 e 70 °C, respectivamente. Portanto, a utilização da forragem de maniçoba submetidos à tecnologia de processamento favorece aos criadores o seu aproveitamento e o armazenado para o período de escassez de alimentos para seus rebanhos.