A mineração executada de forma adequada traz inúmeras utilidades e benefícios para a população, porém quando não há uma lavra planejada, bem manuseada e com segurança ocorre fatores prescientes como acidentes de trabalho e impactos ambientais. Dessa forma, o pegmatito Patrimônio sujeita-se a esses fatores, apesar de estar localizado na Província Pegmatítica da Borborema (PPB), uma das litologias mais conceituadas no Brasil e com alto potencial de extração de minerais viáveis economicamente, o trabalho mineiro a céu aberto do Patrimônio é realizado de forma desordenada e sem orientação técnica, promovendo o descarte inadequado dos rejeitos provenientes da mineração. Para o andamento dessa pesquisa foi necessária uma assimilação dos conceitos teóricos mineralógicos e geológicos que permeiam na academicidade juntamente com visitas de campo à localidade em questão para a constatação dos resultados. Por conseguinte, o despejo do material não viável economicamente, conceituado por “ganga”, da lavra desse corpo pegmatítico se torna um fator de preocupação para o meio ambiente e para os residentes próximos, uma vez que os minerais descartados como mica, quartzo e feldspato são portadores de composições químicas nocivas, que, ao entrar em contato com o ser humano pode ocasionar a morte. Ademais, presencia-se uma potencial contaminação de um corpo hídrico nas mediações, pois a lavra sem uma drenagem artificial e com rejeitos dispostos sem ordenamento permitem que partículas minerais possam ser lixiviadas pela água das chuvas e contaminar o lençol freático, modificando a qualidade da água e ocasionando possíveis doenças. Outros fatores também devem ser levados em consideração no que tange a destruição do meio ambiente, como o desmatamento da vegetação nativa, poluição do ar e aumento do passivo ambiental, sendo indubitável a contribuição dessa pesquisa aos estudos relacionados a recuperação de áreas degradadas pelas atividades mineiras.