O crescente aumento dos preços dos produtos derivados do petróleo, a dependência de uma matéria-prima não renovável e os diversos impactos ambientais causados pelas indústrias tem motivado pesquisadores a buscarem alternativas energéticas. O objetivo deste trabalho consiste na comparação das propriedades físico-químicas de biolubrificantes produzidos a partir de óleo de soja residual, oriundo de um Restaurante Universitário da Universidade Federal de Campina Grande, com o biolubrificante obtido do óleo de soja comercial. Os materiais envolvidos no processo (óleos vegetais, biodiesel, biolubrificantes) foram caracterizados através de suas propriedades químicas e físico-químicas. O rendimento na produção do biolubrificante oriundo de óleo comercial de soja foi 1,7% superior ao do óleo residual do processo de fritura de alimento, ou seja, a epoxidação, reação que transforma o biodiesel em biolubrificante, propiciou um rendimento de 92,0% para o biolubrificante metílico do óleo residual e 93,7% para o biolubrificante metílico do óleo comercial. Os óleos analisados, refinado e residual, tiveram suas propriedades adequadas a Agência Nacional de Vigilância Ambiental. Já os produtos obtidos tiveram suas propriedades adequadas em comparação com os parâmetros estabelecidos pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Os biolubrificantes obtidos apresentaram excelentes propriedades físico-químicas, demonstrando elevada capacidade de empregabilidade no mercado de lubrificantes mundiais.