A produção de leite tem um papel fundamental na economia agropecuária e é extremamente difundida no território brasileiro, e um dos tópicos em constante discussão é a qualidade do leite produzido. O ponto chave para garantir a qualidade do leite in natura é que a sua totalidade atenda aos parâmetros de qualidade exigidos internacionalmente, sendo eles, parâmetros químicos, microbiológicos, organolépticos e número de células somáticas. Como objetivo de avaliar a qualidade do leite cru produzido no Brasil ao longo da sua cadeia de produção até a chegada à indústria processadora, foi realizada uma revisão interativa da literatura. Utilizando-se trabalhos acadêmicos nos últimos 10 anos. Foram definidas palavras-chave para a realização da busca, selecionando-se os trabalhos por resumo, e depois filtrando por artigo completo. Foram selecionados 13 artigos para avaliação nas áreas de produção primária, armazenamento e transporte de matérias-primas. Foi constatado que a maioria dos estudos deram resultados insatisfatórios em relação aos limites legais para o número de bactérias totais (CBT), o número de bactérias psicotrópicas (CBP) e o número de células somáticas (CCS), indiciando falhas nos procedimentos adotados para a produção da matéria prima, armazenamento e transporte. Devido essa atividade estar presente em todo o território brasileiro a padronização da produção torna-se difícil, já que abrange propriedades com sistemas tecnológicos bem desenvolvidos, e também aquelas com pouca aparelhagem moderna, que produzem para pequenos mercados e subsistência. Para produção do leite cru de qualidade, toda a cadeia de processo deve ser analisada, desde a produção primaria, armazenamento e o transporte da matéria, para assim garantir a segurança do consumidor final, a partir da melhoria do processamento do produtor primário e do desempenho da indústria.