Objetivou-se relatar a experiência de uma oficina com adolescentes sobre a prevenção da gravidez na perspectiva da educação intergeracional, que resultou em uma roda de conversa com pais, avós e adolescentes, em um momento ímpar sobre a temática, desmistificando tabus e estimulando a reflexão sobre a importância da intergeracionalidade para a compreensão da gravidez na fase da adolescência na perspectiva do afeto, diálogo e confiança entre as gerações para a promoção e prevenção da saúde. Trabalho do tipo relato de experiência, sobre um momento de educação em saúde, por meio de dois encontros, em uma Escola de Ensino Fundamental, no interior cearense, com um grupo de adolescentes acompanhados pelo Programa Saúde na Escola (PSE). O convite para realizar o diálogo com os adolescentes, pela coordenação da escola, trouxe a oportunidade de pensar em organizar uma troca de experiência, a partir da educação intergeracional, sobre os tabus, dificuldades, responsabilidades e convergências que, na maioria das famílias, não se discute. Por meio de perguntas disparadoras, a temática prevenção da gravidez foi pensada para além de orientações horiontalizadas, pois a discusão entre as gerações proporcionou a reflexão sobre a importância do diálogo entre as gerações familiares para a compreensão das barreias que dificultam a educação para a saúde dentro dos lares, pois a escola, família e profissionais de saúde devem dialogar para uma educação intergeracional transformadora da realidade. Considerou-se esse momento relevante para a construção do relato devido à temática intergeracionalidade não fazer parte do conteúdo do PSE, contudo, acredita-se que esta pode ser trabalhada de forma transversal e interdiciplinar e, assim, trazer benefícios para acompreensão do envelhecimento para além do processo de adoecimento, entendendo a importância dos idosos para as famílias, desmistificando preconceitos, diminuindo o ageismo e etarismo e consolidando a sollidariedade intergeracional.