A doença de Alzheimer é uma doença cerebral degenerativa primária de etiologia desconhecida com aspectos neuropatológicos e neuroquímicos característicos. Várias condições fazem parte do processo da doença e, portanto, são multifatoriais. Atualmente, as informações disponíveis sugerem que as intervenções de estimulação psicossocial e sensorial podem ser usadas para melhorar ou manter a cognição, funcionalidade, comportamento e qualidade de vida. Como um dos fenômenos sociais e culturais, a música desempenha um papel importante na saúde e tem um efeito terapêutico. Portanto, objetivou-se mapear na literatura os benefícios da musicoterapia no cuidado ao idoso com doença de Alzheimer. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, desenvolvido a partir da questão de pesquisa: “quais os benefícios da musicoterapia no cuidado ao idoso portador da doença de Alzheimer?”. Foram utilizados os descritores: Idoso, doença de Alzheimer e Musicoterapia, com auxílio dos operadores booleanos AND e OR, nas bases de dados: MEDLINE, LILACS, BDENF, Scopus e CINAHL. Foram incluídos aqueles estudos com textos completos disponíveis na integra, publicados entre 2015 e 2022, nos idiomas português e inglês. Foram identificados como benefícios da musicoterapia a redução do estresse, melhora do estado emocional do idoso, diminuição do nível de cortisol, redução da ansiedade, controle da depressão e dos sintomas associados, melhora nos sintomas de demência, melhora na cognição, atraso no declínio cognitivo, melhoria no comportamento social, melhora no humor e nos resultados comportamentais, autodescoberta e autocompreensão, indicando que a musicoterapia pode ser complementada com outros tipos de terapias. Espera-se que os resultados elencados possam servir de base para a criação de protocolos que promovam a utilização desse tipo de terapia no cuidado ao idoso com a doença de Alzheimer, e que os profissionais de saúde compreendam os seus efeitos benéficos e possam utilizá-la para a promoção de saúde desses indivíduos.