Estamos vivenciando uma transição demográfica caracterizada pelo crescimento substancial da população idosa, fenômeno este observado globalmente. A rápida velocidade com que isso vem ocorrendo no Brasil induz a necessidade de mudanças para lidar com esse novo perfil epidemiológico. Portanto, a saúde bucal também está inserida nesse contexto e exige do profissional preparo no atendimento ao paciente geriátrico. Dentre as principais alterações bucais encontradas nos idosos estão as perdas dentárias, sejam estas parcial ou total. A alta prevalência de idosos edêntulos retrata o histórico de uma odontologia mutiladora e a falta de educação à saúde, quadro este que vem mudando gradativamente. As perdas dentárias causam prejuízo à função mastigatória e consequentemente à digestão, interferem na fonação e podem causar danos severos à estética, o que favorece ao desenvolvimento de distúrbios psicológicos e causa impacto negativo na qualidade de vida. Nesse íntere, presenciamos diferentes formas de envelhecimento, que por sua vez pode seguir o curso da senescência ou da senilidade, e isto irá interferir no planejamento e execução da reabilitação protética. Diante do cenário apresentado, o presente estudo baseou seu referencial teórico-metodológico em uma revisão de literatura dos últimos 10 anos e teve como principal objetivo apontar as indicações corretas e contra-indicações para uso da prótese dentária em pacientes idosos. Pôde-se verificar que, alguns fatores interferem no planejamento, tais como: a motivação do paciente, comprometimento funcional e cognitivo e condição médica, bem como seu contexto socioeconômico. A análise criteriosa de todos os fatores que compõem o perfil do paciente geriátrico é de extrema importância para o sucesso e manutenção do tratamento odontológico. Portanto, há a necessidade urgente de profissionais devidamente capacitados para prestar assistência e acompanhamento da crescente demanda da população idosa.