O PRESENTE ARTIGO TEM COMO INTUITO INVESTIGAR AS CONDIÇÕES ATUAIS DOS ESTUDANTES LICENCIANDOS DENTRO DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, SENDO ELES, O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID), QUE PROMOVE AOS ESTUDANTES ACESSO INICIAL AO AMBIENTE ESCOLAR PÚBLICO DE EDUCAÇÃO BÁSICA; E O PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA (RP), QUE TEM COMO PROPÓSITO LAPIDAR A FORMAÇÃO PRÁTICA NOS CURSOS DE LICENCIATURA A PARTIR DA SEGUNDA METADE DO CURSO. ESSES PROGRAMAS, TRATA-SE DE UMA OPORTUNIDADE PREPONDERANTE PARA O PROCESSO DE INSERÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO DISCENTE NO QUE SE REFERE À CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE. NESTE SENTIDO, A APLICAÇÃO DESTES PROJETOS TORNA-SE ESSENCIAL PARA A FORMAÇÃO DO ESTUDANTE POR CORROBORAR PARA O CONHECIMENTO DE METODOLOGIAS EDUCACIONAIS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DURANTE SUA FORMAÇÃO, UMA VEZ QUE A CARÊNCIA DE VIVÊNCIAS PRÁTICAS RETARDA A HABILIDADE DE RECONHECER E SOLUCIONAR OS DESAFIOS PRESENTES NO AMBIENTE ESCOLAR. COM O ADVENTO DA PANDEMIA OCASIONADA PELA DISSEMINAÇÃO DA COVID-19, A PARTIR DE MARÇO DE 2020, NO BRASIL, ESTES PROGRAMAS SOFRERAM IMPACTOS SIGNIFICATIVOS EM SUAS APLICAÇÕES, UMA VEZ QUE TIVERAM QUE SE ADAPTAR ÀS NOVAS MODALIDADES DE ENSINO INSERIDAS NAS ESCOLAS EM CONSEQUÊNCIA DO ISOLAMENTO SOCIAL. NESTE CONTEXTO, FOI APROVADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA (MEC), A PORTARIA N. 343, DE 17 DE MARÇO DE 2020, QUE AUTORIZA O ENSINO REMOTO EMERGENCIAL (ERE), QUE CONSISTE NA MUDANÇA, EM CARÁTER EXCEPCIONAL, DAS ATIVIDADES DO ENSINO PRESENCIAL PARA O NÃO PRESENCIAL, DESENVOLVENDO-SE POR MEIO DA UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DIGITAIS E TECNOLÓGICAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO. ASSIM, ESTABELECEU-SE AOS PROFESSORES E ALUNOS, UMA APRESSADA NECESSIDADE DE ACESSO E DOMÍNIO DOS RECURSOS DIGITAIS PARA QUE O ANDAMENTO DAS ATIVIDADES ESCOLARES NÃO FOSSE PREJUDICADO, MESMO SEM PREPARO OU CAPACITAÇÃO PARA ISSO. AO TEMPO EM QUE O CONTROLE DA DISSEMINAÇÃO DA COVID-19 AUMENTOU EM CONSEQUÊNCIA DO PROGRESSO DA VACINAÇÃO, ALGUMAS INSTITUIÇÕES ADOTARAM O ENSINO HÍBRIDO SUSTENTADO, QUE CORRESPONDE A UM ENSINO APOIADO NO MODELO TRADICIONAL, UTILIZANDO O AMBIENTE PRESENCIAL PARA COMPLEMENTAR AS AULAS VIRTUAIS, COMO ALTERNATIVA PARA O ENFRENTAMENTO DA CRISE EDUCACIONAL OCASIONADO PELOS PERCALÇOS DO ENSINO REMOTO. NESTE CONTEXTO, ESTE ESTUDO TEM COMO OBJETIVO COMPREENDER AS IMPLICAÇÕES DO ENSINO REMOTO NOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID E RP) A PARTIR DAS EXPERIÊNCIAS DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO (IFTM), CAMPUS UBERABA E DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO CEARÁ (IFCE), CAMPUS UMIRIM. PARA ISSO, EM UM PRIMEIRO MOMENTO, SERÁ FEITA UMA APRESENTAÇÃO DOS CITADOS PROGRAMAS ENQUANTO POLÍTICA NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES VISANDO APRESENTAR A ESTRUTURA PEDAGÓGICA DO PIBID E RP; EM SEGUIDA, SERÁ TRAÇADA UMA DISCUSSÃO SOBRE A REPERCUSSÃO DA PANDEMIA NO PROCESSO EDUCACIONAL NACIONAL, DESCREVENDO OS DESAFIOS ENFRENTADOS POR ESTES PROGRAMAS NA TRANSIÇÃO DO ENSINO PRESENCIAL PARA REMOTO; E, POR FIM, DISCUTIR NA PERSPECTIVA DOS LICENCIANDOS (DO IFTM E IFCE) AS IMPLICAÇÕES DA PANDEMIA EM SUA FORMAÇÃO, FOCANDO OS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA. ESTA PESQUISA ADOTA UMA ABORDAGEM QUALITATIVA, QUE SE PROPÕE A INTERPRETAR OS FENÔMENOS RELACIONADOS A PARTIR DE UMA DADA REALIDADE DELINEADA COMO AMOSTRA ANALÍTICA. EM CONSONÂNCIA COM A ABORDAGEM DE INVESTIGAÇÃO EMPREGADA, FORAM UTILIZADOS COMO PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: PESQUISA DOCUMENTAL, VISANDO IDENTIFICAR AS ESPECIFICIDADES DA POLÍTICA DE FORMAÇÃO DOCENTE FOCADA NOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA; PESQUISA BIBLIOGRÁFICA, OBJETIVANDO COMPREENDER A PROBLEMÁTICA ATRAVÉS DA PERCEPÇÃO DE DIVERSOS AUTORES SOBRE O TEMA, DESTACANDO DOIS EIXOS PRINCIPAIS: O IMPACTO DA COVID NAS RELAÇÕES SOCIAIS E NA EDUCAÇÃO, A PARTIR DE DISCUSSÕES E ESTUDOS QUE JÁ DISCUTEM IMPACTOS DA PANDEMIA DE COVID-19 NA FORMAÇÃO DOCENTE, EM RELAÇÃO AO PIBID. POR FIM, A PESQUISA DE CAMPO, CUJA COLETA DE DADOS FOI REALIZADA COM OS ESTUDANTES PARTICIPANTES DE AMBOS OS PROGRAMAS, A PARTIR DA APLICAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO ON-LINE (SURVEY), COM VINTE E CINCO PERGUNTAS OBJETIVAS E UMA DISSERTATIVA, A RESPEITO DAS SUAS RESPECTIVAS PARTICIPAÇÕES NO PIBID OU RP. O QUESTIONÁRIO TEVE 39% DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTUDANTES DE UMA AMOSTRA DE 104, SENDO 32% (24 RESPOSTAS) VINCULADOS AO IFTM E 56% (17 RESPOSTAS) AO IFCE. O PERFIL DOS DISCENTES PARTICIPANTES CORRESPONDE A 63,4% DO SEXO FEMININO, 34,1% DO SEXO MASCULINO E 2,4% DE GÊNERO FLUIDO, SENDO A MAIORIA DA COR DA PELE PARDA. A PESQUISA OBTEVE 80,5% DE PARTICIPANTES LIGADOS AO PIBID, DISTRIBUÍDOS NOS CURSOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, LETRAS E QUÍMICA, E 19,5% DE PARTICIPANTES DAS ÁREAS DE CIÊNCIAS E QUÍMICA VINCULADOS À RP. TODOS GARANTIRAM POSSUIR PELO MENOS UM EQUIPAMENTO ELETRÔNICO SENDO OS MAIS COMUNS O CELULAR E NOTEBOOK, PARA O ACESSO À INTERNET, NO ENTANTO, UM PARTICIPANTE DA PESQUISA AFIRMOU TER APENAS ACESSO À INTERNET MÓVEL LIMITADA. DESTACAMOS AINDA QUE 68,3% DOS DISCENTES RELATARAM NÃO DESENVOLVER PROJETOS DE ATIVIDADES PARA A COMUNIDADE ESCOLAR EM QUE ESTÁ VINCULADO, COMO POR EXEMPLO, PROJETOS DE EXTENSÃO. JÁ, 76,3% DECLARAM QUE AS ATIVIDADES PROPOSTAS PARA AS AULAS EM QUE MINISTRAM SÃO DE TEMAS QUE TRANSPÕEM O CURRÍCULO ESCOLAR INSTITUÍDO PARA O PERÍODO REMOTO. SOBRE AS DIFICULDADES ELENCADAS PELOS BOLSISTAS SOBRE A SUA ATUAÇÃO NOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, DESTACOU-SE A BAIXA PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS E A FALTA DE DIÁLOGO COM O PROFESSOR-ORIENTADOR/PRECEPTOR. INFERIMOS QUE A BAIXA PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS DE SÉRIES INICIAIS, ONDE O PROGRAMA ESTÁ INSERIDO, SE DÁ DEVIDO À FALTA DE ACESSIBILIDADE AOS AMBIENTES VIRTUAIS, A DIFICULDADE DE MONITORAMENTO DOS RESPONSÁVEIS E A NÃO-ADAPTAÇÃO À MODALIDADE REMOTA; TORNANDO SINGULAR A RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR, QUE COMUMENTE É CONSTRUÍDA A PARTIR DO FEEDBACK, MAS NO AMBIENTE VIRTUAL ESSE RETORNO É ATÍPICO. POR FIM, SOBRESSAI QUE DURANTE A MODALIDADE REMOTA O TRABALHO DOS PROFESSORES E DISCENTES SOFREU MUDANÇAS CONSIDERÁVEIS, AS QUAIS INTERFERIRAM NA ROTINA DE ATIVIDADES EXTRACURRICULARES, LIMITANDO, MUITAS VEZES, A FLEXIBILIDADE DE ENCONTROS, TORNANDO O DIÁLOGO MENOS HABITUAL. DIANTE DISSO, CONSIDERA-SE, PORTANTO, AS GRANDES DIFICULDADES E CONSEQUÊNCIAS DA PANDEMIA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NESTE LÓCUS INVESTIGATIVO.