O presente artigo é resultado da nossa pesquisa de doutorado sobre a avaliação do Programa de Tutoria Especial da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Dentre os resultados obtidos, faremos um recorte dos dados coletados sobre a formação de professores no processo de inclusão de estudantes com deficiência no ensino superior. Esta investigação, realizada em cursos de graduação da UEPB, foi do tipo exploratória, assumindo a forma de estudo de caso. Os instrumentos para a coleta de dados foram a pesquisa documental, o questionário, a entrevista semiestruturada e a observasão para o registro das interações dos estudantes especiais, seus tutores e seus professores de graduação. A entrevista foi aplicada a vinte seis pessoas, sendo sete estudantes com deficiência, nove tutores especiais, uma colega colaboradora, oito professores e a coordenadora do Programa. Nas observações realizamos um estudo de caso de dois estudantes com deficiência, escolhidos dentre os que participaram das entrevistas. Assim, elegemos Gabriela, com deficiência visual, e Pedro, com surdez (ambos os nomes são fictícios). Os dados apontaram que, a despeito da preocupação dos professores para terem um bom relacionamento com os estudantes especiais e utilizarem uma didática aparentemente adequada às necessidades educacionais dos mesmos, existe a necessidade da formação docente para uma melhor prática da educação inclusiva na instituição. A partir de tais resultados a temática da formação docente vai ser discutida no presente artigo pelos autores (BUENO, 1999; MARTINS, 2009; FREITAS, 2009; MIRANDA, 2007, CHACON, 2004, PIMENTA E ANASTASIOU, 2008) e alguns arsenais jurídicos.