A construção das identidades afrodescendentes dá-se através das relações sociais escolares, que constituem-se de diversas maneiras e não se pode pensar em falar das mesmas sem citar questões relacionadas às identidades, às práticas escolares, às posturas dos professores. Falar nestas categorias é humanizar as realidades contemporâneas, em especial, as relações dinâmicas e desigualdades persistentes. O presente artigo discute os processos de construção de identidade afrodescendente na escola, no âmbito da diversidade cultural, visando provocar nos participantes curiosidades e a vontade de buscar conhecimentos na área da educação e diversidade cultural, visto que não se pode mais, continuar o processo educacional desvinculado-o das questões raciais. É uma oportunidade para se pensar sobre a realidade de nossas escolas, no que se refere à construção da identidade das crianças afrodescendentes. Relatamos um evento presenciado em nossas aproximações nas escolas, em que nossas pesquisa do mestrado aconteceu. Desse modo, nos ancoramos em alguns autores/as para nos dar suporte teórico como: Castro; Abramoway (2006); Cavalleiro (2008); Gomes (2001, 2005, 2010); Cunha Junior (2008), dentre outros, entendendo, com estas reflexões, que as discussões precisam continuar, pois a construção e o processo de formação da pessoa estão em constantes modificações e conflitos sociais que poderiam levar ao diálogo e à humanização. Concluímos nesse contexto que a escola tem papel importante nas transformações sociais e mudanças em relação às práticas racistas que acontecem dentro de desse próprio espaço.