A SOCIEDADE BRASILEIRA É HISTORICAMENTE MARCADA POR PROFUNDAS DESIGUALDADES. O PRESENTE ESTUDO TEM COMO PRINCIPAL FINALIDADE DEMONSTRAR QUE O BRASIL E O ACRE APRESENTAM, HISTORICAMENTE, UM QUADRO DE FORTES CONTRASTES SOCIAIS E, NA COMPARAÇÃO ENTRE AS CONDIÇÕES DE VIDA DAS POPULAÇÕES RESIDENTES NA CIDADE E NO CAMPO, ESTAS ÚLTIMAS APRESENTAM INDICADORES SOCIAIS E EDUCACIONAIS AINDA MAIS DESFAVORÁVEIS. PARA TANTO, OPTOU-SE POR UMA ABORDAGEM QUE CONTA COM ELEMENTOS DE NATUREZA QUANTITATIVA E QUALITATIVA. REALIZOU-SE UMA PESQUISA JUNTO AO BANCO DE DADOS DO CENSO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA, DISPONIBILIZADOS PELO INEP BUSCANDO INDICADORES QUE COMPROVASSE AS DESIGUALDADES PRESENTES NESSE CONTEXTO. O ESTUDO EVIDENCIOU FORTES DESIGUALDADES QUANDO SE COMPAROU OS INDICADORES SOCIAIS E EDUCACIONAIS DO CAMPO E DA CIDADE TANTO NO BRASIL QUANTO NO ESTADO DO ACRE: O ANALFABETISMO É MAIS ELEVADO, AS TAXAS DE MATRÍCULAS E O DESEMPENHO EDUCACIONAL DOS ALUNOS SÃO MENORES, A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS, A INFRAESTRUTURA E O ACESSO A SERVIÇOS SÃO MAIS PRECÁRIOS, O MERCADO DE TRABALHO MAIS EXCLUDENTE E A POBREZA SIGNIFICATIVAMENTE MAIOR. PARA SUPERAR OS PROBLEMAS SOCIAIS E EDUCACIONAIS DO CAMPO, É NECESSÁRIO QUE O ESTADO PLANEJE E IMPLEMENTE POLÍTICAS ARTICULADAS, QUE ATUEM SIMULTANEAMENTE NO ENFRENTAMENTO DA DESIGUALDADE QUE AINDA SE FAZ PRESENTE NESSE CONTEXTO. TORNA-SE NECESSÁRIO INCLUIR NA AGENDA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS AÇÕES DE ENFRENTAMENTO DA DESIGUALDADE E ISSO SÓ SE DARÁ QUANDO O ESTADO FOR CAPAZ DE RECONHECER OS DESIGUAIS COMO CIDADÃOS, E GERAR ESPAÇOS PÚBLICOS DE PARTICIPAÇÃO IMPLEMENTANDO POLÍTICAS PÚBLICAS DE CARÁTER EQUITATIVO.