ESTE ARTIGO TEM COMO OBJETIVO COMPARTILHAR A NARRATIVA DE UM ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO EXERCÍCIO DE PESQUISADOR QUE BUSCA CONTRIBUIR NA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS SOBRE DEFICIÊNCIAS. PARA ESTUDAR SOBRE DEFICIÊNCIAS É PRECISO CONSIDERAR OS CONTEXTOS SÓCIO-HISTÓRICOS PARTICULARES A FIM DE EVIDENCIAR AS CONCEPÇÕES E PARADIGMAS QUE ATRAVESSAM ESSE UNIVERSO. DE ACORDO COM O INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS (IBGE), 6,7% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA DECLAROU TER ALGUM TIPO DE DEFICIÊNCIA, ESTE CENÁRIO JUSTIFICA A NECESSIDADE DE PROBLEMATIZAÇÃO DA NÃO REPRESENTATIVIDADE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (PCD) OCUPANDO ESPAÇOS DE DESTAQUE NA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE SUAS CONDIÇÕES, ESPECIFICIDADES E POTENCIALIDADES. NESSE SENTIDO, ENTENDE-SE QUE A EXCLUSÃO DAS PCD NÃO SE CONFIGURA POR LIMITAÇÕES DE ORDEM BIOLÓGICA, MAS PRINCIPALMENTE DA INTERAÇÃO DE BARREIRAS SOCIOCULTURAIS COMO A FALTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS QUE PROMOVAM A AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DAS PCD. ATRAVÉS DA PERSPECTIVA DO CONSTRUCIONISMO SOCIAL ARTICULADA COM UMA PERSPECTIVA FEMINISTA DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO, ENTENDEMOS AS PRÁTICAS DISCURSIVAS COMO FORMAS DE AÇÃO NO MUNDO LOCALIZADAS SOCIAL E HISTORICAMENTE. SENDO ASSIM, A ESTRATÉGIA METODOLÓGICA UTILIZADA PARA MEDIAR A ESCRITA DESTE ARTIGO FOI O DIÁRIO DE BORDO: UM TEXTO NARRATIVO, FICCIONAL E IMPLICADO. COMO RESULTADO, APRESENTAMOS A NARRATIVA DE UM PESQUISADOR COM DEFICIÊNCIA VISUAL COMO MECANISMO DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE DEFICIÊNCIAS E INSTRUMENTALIZAÇÃO DA PRÁTICA DE PESQUISA ENTENDENDO QUE A INSERÇÃO DE PCD NO ÂMBITO CIENTÍFICO CONSTITUI ENQUANTO MECANISMO DE POTENCIALIZAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DESTES DISCENTES PARTINDO DO DIÁLOGO COM TEORIAS, CONCEITOS E METODOLOGIAS DIVERSAS.