INTRODUÇÃO: O PROCESSO DE HOSPITALIZAÇÃO ENVOLVE VÁRIAS QUESTÕES QUE VÃO ALÉM DOS CUIDADOS MÉDICOS. SER CUIDADOR DE UM PACIENTE IDOSO HOSPITALIZADO DEMANDA MAIS QUE DISPONIBILIDADE DE TEMPO, EXIGE TAMBÉM COMPREENSÃO, PACIÊNCIA E APRENDIZAGEM DE CUIDADOS. DEPENDENDO DO TEMPO DE PERMANÊNCIA NO ÂMBITO HOSPITALAR, ALÉM DO CANSAÇO FÍSICO E MENTAL, OUTRAS DIFICULDADES SÃO ENFRENTADAS PELO CUIDADOR. ENFIM, TAIS FATORES PODEM INTERFERIR NO CUIDADO INTEGRAL AO PACIENTE. O RELATO DE EXPERIÊNCIA VISA EXPLANAR ESTE ASSUNTO DENTRO DA UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS (UCCI), BEM COMO AS DEMANDAS APRESENTADAS A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL, EM ESPECIAL AO SERVIÇO SOCIAL. DESCRIÇÃO DO CASO/EXPERIÊNCIA: J. R. R.S, 70 ANOS, SEXO MASCULINO, EM UNIÃO ESTÁVEL, RESIDE COM A COMPANHEIRA NA CIDADE DE CURITIBA/PR. VEIO PARA CAMPO GRANDE/MS EM BUSCA DE TRATAMENTO FITOTERÁPICO DEVIDO A UM QUADRO DEMENCIAL LEVE, AO TENTAR RETORNAR PARA A CIDADE DE ORIGEM TEVE PIORA, IMPOSSIBILITADO SUA VOLTA. ENCAMINHADO PARA UCCI NO MÊS DE AGOSTO/2021 PARA REABILITAÇÃO DE PNEUMONIA GRAVE E INVESTIGAÇÃO DE DOENÇA NEUROLÓGICA. APRESENTA PIORA PROGRESSIVA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS. DESENVOLVIMENTO: HÁ TEMPOS QUE O DIREITO DA PESSOA IDOSA ESTÁ EM DISCUSSÃO. O ESTATUTO DO IDOSO ASSEGURA OS DIREITOS DA PESSOA COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 60 ANOS, VISANDO À GARANTIA DE BENS E SERVIÇOS. ENTENDE-SE QUE NÃO É UMA OBRIGATORIEDADE TER ACOMPANHANTE/CUIDADOR E SIM UM DIREITO DA PESSOA IDOSA, QUE PODE OPTAR PELO SEU TRATAMENTO DESDE QUE ESTEJA NO DOMÍNIO DE SUAS FACULDADES MENTAIS. OBSERVA-SE QUE DURANTE O PROCESSO DE HOSPITALIZAÇÃO A FAMÍLIA DESEMPENHA PAPEL FUNDAMENTAL NO SUPORTE AO PACIENTE DURANTE TODO O TRATAMENTO, INCLUSIVE NO PROCESSO DE REABILITAÇÃO PÓS-INTERNAÇÃO. NESSE CASO, A ESPOSA VEM ACOMPANHANDO TODO O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA DO COMPANHEIRO COMO CUIDADORA. NOTA-SE UMA EXAUSTÃO POR PARTE DELA, UMA VEZ QUE NÃO TEM APOIO FAMILIAR NO MUNICÍPIO. OUTRO FATOR IMPORTANTE IDENTIFICADO É A FALTA DE COMPREENSÃO E ACEITAÇÃO DESTA COMPANHEIRA A RESPEITO DO REAL QUADRO CLÍNICO DO PACIENTE AO QUAL NÃO VÊ MELHORAS. A CUIDADORA ENCONTRA-SE MUITO CHOROSA, QUEIXOSA E, ISSO IMPLICA DIRETAMENTE NOS CUIDADOS AO PACIENTE. ESSA SOBRECARGA FAZ COM QUE A CUIDADORA NÃO SE ATENTE PARA SUA SAÚDE FÍSICA E MENTAL. AS PROBLEMÁTICAS APRESENTADAS PELA COMPANHEIRA ESTÃO RELACIONADAS AO TRANSPORTE DE IDA E VINDA AO HOSPITAL, REMUNERAÇÃO DOS CUIDADORES FORMAIS, ALIMENTAÇÃO E GASTOS EXTRAS. APESAR DE NÃO APRESENTAR VULNERABILIDADE ECONÔMICA, A CUIDADORA MENCIONA ESTAR TENDO DESPESA ALÉM DO ESPERADO E, EXPRESSA MUITA VONTADE DE RETORNAR À CIDADE DE ORIGEM PARA DAR CONTINUIDADE NOS CUIDADOS. INTERVENÇÕES: O SERVIÇO SOCIAL POSSUI VÁRIOS INSTRUMENTOS E TÉCNICAS QUE POSSIBILITAM UM DIRECIONAMENTO DAS CONDUTAS A SEREM TOMADAS. BUSCAM-SE NESSE CASO ALTERNATIVAS PARA ATENDER TANTO O PACIENTE QUANTO A COMPANHEIRA, UTILIZAM-SE DE ENTREVISTAS, REUNIÕES E ARTICULAÇÃO INTERSETORIAL. CONSIDERAÇÕES FINAIS: OBSERVOU-SE O DESGASTE DA CUIDADORA EM DECORRÊNCIA DAS ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS APRESENTADAS PELO PACIENTE, ALÉM DISSO, APRESENTA DIFICULDADE NA ORGANIZAÇÃO DA ROTINA E FALTA DE APOIO FAMILIAR, O QUE REPERCUTIU NOS ASPECTOS SOCIAL E ECONÔMICO. A ABORDAGEM FOCADA NA AMENIZAÇÃO DAS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA COMPANHEIRA FAVORECE A CONFIANÇA NA EQUIPE, O QUE FACILITA A ACEITAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES E ASSIM, MELHOR CONDUÇÃO DO CASO.