INTRODUÇÃO: A FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DO DIABETES ESTIMA QUE O PÉ DIABÉTICO SEJA RESPONSÁVEL POR 40% A 70% DAS AMPUTAÇÕES NÃO TRAUMÁTICAS DE MEMBROS INFERIORES E EM TORNO DE 20% DAS INTERNAÇÕES OCORRAM POR LESÕES NOS MEMBROS INFERIORES E QUE 85% DAS AMPUTAÇÕES DE MEMBROS INFERIORES NO DIABETES SEJAM PRECEDIDAS DE ULCERAÇÕES, SENDO QUE OS PRINCIPAIS FATORES ASSOCIADOS SÃO A NEUROPATIA PERIFÉRICA, DEFORMIDADES NO PÉ E OS TRAUMATISMOS. SALIENTA AINDA QUE A ABORDAGEM, COM A AVALIAÇÃO DOS PÉS DE ADULTOS COM DIABETES NA ATENÇÃO BÁSICA, BEM COMO A CLASSIFICAÇÃO DO RISCO DE COMPLICAÇÕES NAS EXTREMIDADES É DE VITAL IMPORTÂNCIA, PODENDO SER REALIZADO PELO MÉDICO OU ENFERMEIRA. REFORÇA TAMBÉM QUE O RASTREAMENTO EM TODOS OS DIABÉTICOS IDENTIFICA AQUELES COM MAIOR RISCO PARA ULCERAÇÃO NOS PÉS, COLABORANDO NAS INTERVENÇÕES PROFILÁTICAS, INCLUINDO O ESTÍMULO AO AUTOCUIDADO. EXPERIÊNCIA: A REALIZAÇÃO DE VISITAS DOMICILIARES COMO FERRAMENTA NA AVALIAÇÃO DO RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE ÚLCERAS E PÉ DIABÉTICO EM 2 EQUIPES DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA INTEGRA AS ATIVIDADES DE COLETA DE DADOS E AVALIAÇÃO DE DADOS ANTROPOMÉTRICOS, GLICÊMICOS E PRESSÓRICOS, ALÉM DA AVALIAÇÃO DOS PÉS EM UM PROJETO DE PESQUISA DESENVOLVIDO POR DOCENTES E ACADÊMICOS DA UEMS E SURGIU DA PREMISSA DE QUE DESTA MANEIRA PODERÍAMOS CHEGAR A UM NÚMERO EXPRESSIVO DE DIABÉTICOS. DESENVOLVIMENTO: AS VISITAS INICIARAM EM SETEMBRO DE 2021, ACOMPANHADAS DO ACS RESPONSÁVEL PELA MICROÁREA, NO MOMENTO DAS VISITAS, OS DIABÉTICOS SÃO INFORMADOS SOBRE OS OBJETIVOS DO PROJETO E SOBRE OS PROCEDIMENTOS QUE SERÃO EXECUTADOS. SÃO REALIZADAS 6 A 8 VISITAS POR TARDE. INTERVENÇÕES: APESAR DO CURTO PERÍODO DE TRABALHO, ALGUNS FATORES JÁ PODEM SER DESCRITOS COMO IMPORTANTES, TAIS COMO O FATO DOS ACADÊMICOS DESENVOLVEREM HABILIDADES TÉCNICAS E DE ENTREVISTA, A OBSERVAÇÃO DE QUE DURANTE A PANDEMIA, OS DIABÉTICOS DEIXARAM DE FREQUENTAR A UBSF E NÃO MAIS REALIZARAM O CONTROLE GLICÊMICO, LIPÍDICO, PONDERAL E PRESSÓRICO, IMPLICANDO NO ENCONTRO FREQUENTE DE VALORES GLICÊMICOS ACIMA DE 300MG/DL E PA ACIMA DE 160/100MMHG. EM RELAÇÃO À AVALIAÇÃO DO PÉ, PERCEBE-SE QUE O USO DE CALÇADOS INADEQUADOS ESTÁ PRESENTE NA GRANDE MAIORIA, BEM COMO A OCORRÊNCIA DE PELE RESSECADA E O ENCONTRO DE UM PÉ DIABÉTICO JÁ INSTALADO. OBSERVA-SE TAMBÉM DESCONHECIMENTO ACERCA DOS CUIDADOS DIÁRIOS COM OS PÉS. CHAMOU A ATENÇÃO O FATO DE VÁRIAS FAMÍLIAS TEREM SUA RENDA FAMILIAR REDUZIDA, EM VIRTUDE DA EXCLUSÃO DA LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (LOAS). CONSIDERAÇÕES FINAIS: AS VISITAS DOMICILIARES VÊM EXTRAPOLANDO O OBJETIVO INICIAL DE AVALIAR O RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE ÚLCERAS E PÉ DIABÉTICO, POIS PROPICIA A OBSERVAÇÃO DO CONTEXTO SÓCIO ECONÔMICO, CULTURAL E FAMILIAR EM QUE O DIABÉTICO ESTÁ INSERIDO, DESDE AS CONDIÇÕES DA MORADIA ATÉ A AQUISIÇÃO DE ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA.