A EDUCAÇÃO DEVE SER PRAZEROSA PARA O EDUCANDO E O EDUCADOR, MAS PARA TAL, DEVE SER TRATADA COM RESPEITO DENTRO E FORA DA ESCOLA. AS “CHACOTAS” DEVEM SER TRABALHADAS DE FORMA ONDE AS CRIANÇAS NÃO SE SINTAM MENORIZADAS NESTE ESPAÇO EDUCATIVO QUE É A ESCOLA E NEM OUTRO ESPAÇO EDUCATIVO. A IDEIA DE PAULO FREIRE (1997) SOBE A ASSUNÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL DOS INDIVÍDUOS, QUER DIZER QUE “ASSUNÇÃO” É ASSUMIR EM NOSSAS MÃOS QUEM SOU EU E QUEM SOMOS NÓS. A IDENTIDADE CULTURAL ESTÁ LIGADA AO POVO E DEVEMOS TRATAR NA EDUCAÇÃO COMO TAL. A ESCOLA DEVE LIDAR COM ESSAS IDEIAS A PARTIR DAS RELAÇÕES HUMANAS. QUANDO ISSO NÃO OCORRE, NÓS TEMOS O DIREITO DA RAIVA (“JUSTA IRA”). ESSA RAIVA NÃO PODER SER LEVADA PARA A VIOLÊNCIA, MAS É ELA QUE ALIMENTA A FORMA DE AMAR. SE AMO QUERO TRANSFORMAR. PRECISAMOS ENQUANTO EDUCADORES, CRIAR ESPAÇOS PARA O DIÁLOGO, LOCAIS DE ENCONTRO (ESPAÇOS INTERCULTURAIS) ONDE PODEMOS CONVERSAR COM CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS. JUNTOS E SEPARADOS, AO MESMO TEMPO, REAFIRMANDO QUE APRENDEMOS COM O OUTRO, O TERMO “EU ME SINTO ACRESCIDO PELO OUTRO”. QUANDO ENTENDO O OUTRO, O VEJO DIFERENTE E ISSO RADICALIZA O MEU EU E DESSA FORMA POSSO APRENDER E TRANSFORMAR COM/O OUTRO. ESSES ESPAÇOS INTERCULTURAIS PODEM SER EM NOSSA ESCOLA, EM NOSSA COMUNIDADE, EM NOSSO BAIRRO, EM NOSSA CIDADE. AS AULAS DE ENSINO DE GEOGRAFIA NO CURSO PEDAGOGIA DO PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA (PARFOR) NA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO (UFRRJ) PROCURA EFETIVAR POR MEIO DOS FANZINES, SEGUNDO MAGALHÃES (2004) “ESPAÇOS INTERCULTURAIS”. A PESQUISA TEM COMO OBJETIVO RELATAR A ATIVIDADE COM FANZINES NO CURSO DE PEDAGOGIA PARFOR DESTACANDO SEU USO COMO RECURSO DIDÁTICO PARA DISCUTIR TEMAS SOCIAIS. DESSA FORMA O(A) ALUNO(A) DO CURSO DE PEDAGOGIA PARFOR TEM A POSSIBILIDADE DE DISCUTIR SOBRE O USO DO FANZINE COMO EXPRESSÃO CULTURAL, COMO TAMBÉM SOBRE SUA CONSTRUÇÃO. A METODOLOGIA VEM SENDO TRABALHADA DESDE 2013 NO CURSO DE PEDAGOGIA DA UFRRJ. O PARFOR TROUXE CONSIGO UM PERFIL DE PROFESSORES/ALUNOS QUE POSSUEM MARCAS IDENTITÁRIAS E SABERES ACUMULADOS AO LONGO DE SUAS VIDAS PROFISSIONAIS SOBRE PRÁTICAS VARIADAS E ESPECIALMENTE DE LETRAMENTO. ELES POSSUEM SABERES E CONCEPÇÕES RELATIVAS AS PRÁTICAS DE ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM. DURANTE A FORMAÇÃO NA UFRRJ ESSES SABERES E CONCEPÇÕES SÃO RETRABALHADOS NO SENTIDO DE UMA NOVA CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO E ACIMA DE TUDO DE UMA NOVA VISÃO DE MUNDO. AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ÂMBITO ACADÊMICO NAS CIÊNCIAS HUMANAS SÃO MARCADAS PELA INCLUSÃO E RETRABALHO DE INÚMERAS LINGUAGENS E O ENSINO DE GEOGRAFIA COLABORA COM O DESENVOLVIMENTO E ARTICULAÇÕES DE DIFERENTES TIPOS DE LINGUAGENS COMO A ESCRITA E A GRÁFICA. COMPREENDEMOS QUE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES SE CARACTERIZA COMO UM LUGAR DE TRANSMISSÃO E CONSOLIDAÇÃO DE MÚLTIPLAS PRÁTICAS. O USO DO FANZINE COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO NA BAIXADA FLUMINENSE PROPICIA UMA DINAMICIDADE DE FORMATIVA QUE PODE SER UMA ETAPA INICIAL DE UMA DISCUSSÃO OU MESMO UMA DENÚNCIA SOCIAL. SENDO ASSIM A PRÁTICA DE REALIZAÇÃO DE FANZINES NO ENSINO AUXILIA INDIVÍDUOS A TEREM LIBERDADE DE EXPRESSAR O SABER, EM ESPAÇOS ALTERNATIVOS PROPÍCIOS DE CRIAÇÃO E DE DENÚNCIA SOCIAL.
REFERÊNCIAS
FREIRE, PAULO. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA EDUCATIVA. 19ª ED. SÃO PAULO, PAZ E TERRA, 1997.
MAGALHÃES, HENRIQUE. A NOVA ONDA DOS FANZINES. JOÃO PESSOA, MARCA DE FANTASIA, 2004.