A PANDEMIA MUNDIAL DE COVID-19 POSSIVELMENTE RESULTARÁ EM NOVOS PROBLEMAS DE SAÚDE, ALÉM DE POTENCIALIZAR PROBLEMAS PRÉ-EXISTENTES. A EXEMPLO DISSO HÁ A DOR NAS COSTAS, COM MAIOR INCIDÊNCIA EM ADULTOS, AFETANDO TAMBÉM CRIANÇAS E ADOLESCENTES, SENDO ASSOCIADA A FATORES FÍSICOS, GENÉTICOS, COMPORTAMENTAIS E PSICOSSOCIAIS. A DOR NAS COSTAS PODE SE AGRAVAR PELA MUDANÇA DOS HÁBITOS DE VIDA GERADOS PELA PANDEMIA COM O ISOLAMENTO SOCIAL, UMA VEZ QUE OS ESTUDANTES ESTÃO SUJEITOS A UMA FASE DE GRANDES ALTERAÇÕES DE ORDEM HORMONAL, FÍSICA, COMPORTAMENTAL E DE DEFINIÇÕES QUANTO AO CONVÍVIO SOCIAL. LOGO, O OBJETIVO DESTE ESTUDO FOI COMPARAR A PREVALÊNCIA, FREQUÊNCIA E INTENSIDADE DE DOR NAS COSTAS, OS HÁBITOS DE VIDA E O NÍVEL DE ESTRESSE DE ESCOLARES AVALIADOS ANTES E DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19. FORAM INCLUÍDOS 134 ESCOLARES ADOLESCENTES, DIVIDIDOS EM GRUPO PRÉ-PANDEMIA (GPP) E GRUPO PANDEMIA (GP), QUE PREENCHERAM OS QUESTIONÁRIOS BACK PAIN AND BODY POSTURE EVALUATION INSTRUMENT (BACKPEI) E A ESCALA DE PERCEPÇÃO DE ESTRESSE-10 (EPS-10). O GPP FOI CONSTITUÍDO DE UM BANCO DE DADOS PRÉ-EXISTENTE ENQUANTO O GP PREENCHEU OS QUESTIONÁRIOS NO FORMATO DE FORMULÁRIOS ONLINE, ATRAVÉS DE DIVULGAÇÕES EM REDES SOCIAIS. PARA GARANTIR A HOMOGENEIDADE ENTRE OS GRUPOS FOI REALIZADO PAREAMENTO DOS DADOS DEMOGRÁFICOS. O BACKPEI AVALIOU A PRESENÇA, FREQUÊNCIA E INTENSIDADE DA DOR NAS COSTAS E OS HÁBITOS DE VIDA (PRÁTICA E FREQUÊNCIA DE EXERCÍCIO FÍSICO, TEMPO DIÁRIO UTILIZANDO O COMPUTADOR E DE SONO, E POSTURAS ADOTADAS PARA ESCREVER, PARA SENTAR-SE EM UM BANCO E PARA UTILIZAR O COMPUTADOR). O EPS-10 AVALIOU O NÍVEL DE ESTRESSE. FORAM UTILIZADOS OS TESTES DE MANN-WHITNEY E QUI-QUADRADO PARA COMPARAÇÃO ENTRE OS GRUPOS, COM NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA DE 0,05. OBSERVOU-SE DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS ENTRE OS GRUPOS NA INTENSIDADE DA DOR (P=0,031), NA QUAL O GP APRESENTOU DORES MAIS INTENSAS. COM RELAÇÃO AOS HÁBITOS DE VIDA, OS ESCOLARES DO GP APRESENTARAM HÁBITOS DE SONO MAIS ADEQUADOS (7H A 9H/DIA; P=0,002) E UTILIZAM O COMPUTADOR MAIS HORAS NO DIA (25% UTILIZANDO 6 HORAS OU MAIS; P=0,048). POR OUTRO LADO, RELACIONADO À PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO, O GPP APRESENTOU MAIOR FREQUÊNCIA DE ESCOLARES QUE REALIZAM ALGUMA ATIVIDADE (85,7%; P=0,012), PORÉM NO GP HÁ MAIS INDIVÍDUOS QUE COMPETEM EM SUAS MODALIDADES ESPORTIVAS (47,6%; P=0,016). NÃO FOI CONSTATADA DIFERENÇA NO NÍVEL DE ESTRESSE E NA PREVALÊNCIA DE DOR NAS COSTAS ENTRE OS GRUPOS. CONSIDERANDO OS ACHADOS DESTE ESTUDO, PERCEBE-SE UM DESAFIO NA ÁREA DA SAÚDE, EM ESPECIAL PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA, EM ENCONTRAR MANEIRAS DE ENGAJAR E OPORTUNIZAR AOS ESCOLARES FORMAS DE SE MANTEREM ATIVOS, DE SE CONSCIENTIZAREM DOS BENEFÍCIOS E DE SE MANTEREM EM ATIVIDADE REGULAR, MESMO ANTES DA PANDEMIA ACABAR.