CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR TÊM REALIZADO CADA VEZ MENOS ATIVIDADE FÍSICA, COLABORANDO PARA O AUMENTO DOS ÍNDICES DE OBESIDADE INFANTIL E DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS. ENTENDE-SE QUE O COMPORTAMENTO DE FAZER ATIVIDADE FÍSICA É MULTIFACETADO, INFLUENCIADO PELO QUE AS PESSOAS PENSAM, SENTEM E INTERPRETAM SOBRE O QUE CONSEGUEM FAZER EM DETERMINADOS AMBIENTES E PELO APOIO ENCONTRADO EM DIFERENTES CONTEXTOS. ENTRE ESSAS PERCEPÇÕES PESSOAIS, A CRENÇA DE AUTOEFICÁCIA INFLUENCIA E PREDIZ A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA. CONHECER COMO ESSA VARIÁVEL PESSOAL SE RELACIONA COM OUTRAS VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS, COMO APOIO SOCIAL POR EXEMPLO, SE FAZ NECESSÁRIO PARA MELHOR INTERVIR E AJUDAR CRIANÇAS A REALIZAREM MAIS ATIVIDADE FÍSICA NA ESCOLA E FORA DELA. ESTA PESQUISA TEVE POR OBJETIVO INVESTIGAR A ASSOCIAÇÃO DA AUTOEFICÁCIA COM AS VARIÁVEIS LIGADAS À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA FORA DA ESCOLA EM ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE UM MUNICÍPIO DO INTERIOR PAULISTA. PARTICIPARAM DA PESQUISA 231 ALUNOS (52,6% DO SEXO MASCULINO), COM IDADE ENTRE 12 E 18 ANOS (M = 13,45; DP = 1,09) DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. RESPEITANDO OS PROCEDIMENTOS ÉTICOS EM PESQUISA, AS INFORMAÇÕES FORAM OBTIDAS EM 2015, DURANTE AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA. PARA A COLETA, OS PARTICIPANTES RESPONDERAM A ESCALA DE ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DE ATIVIDADE FÍSICA EM ESCOLARES, TRADUZIDA E ADAPTADA PARA O ESTUDO, ESPECIFICAMENTE, A DIMENSÃO “AUTOEFICÁCIA PARA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA”, COMPOSTA POR 16 ITENS, E UM QUESTIONÁRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA FORA DA ESCOLA ELABORADO PARA FINS DESTE ESTUDO. OS DADOS FORAM ANALISADOS POR MEIO DO TESTE T DE STUDENT E CORRELAÇÃO DE SPEARMAN COM AUXÍLIO DO SPSS 22. ALUNOS QUE PRATICAVAM ATIVIDADE FÍSICA APRESENTARAM MAIOR AUTOEFICÁCIA (M = 10,89; DP = 3,45; P < 0,001) DO QUE OS QUE NÃO O FAZIAM (M = 07,60; DP = 4,25). OBSERVOU-SE QUE ALUNOS COM FAMILIARES QUE PRATICAVAM ATIVIDADE FÍSICA OBTIVERAM ESCORES MAIS ELEVADOS NA AUTOEFICÁCIA, PRINCIPALMENTE QUANDO ESSE PARENTE ERA O PAI (M = 10,74; DP = 3,56; M = 9,49; DP = 4,16; P = 0,047). OBSERVOU-SE TAMBÉM QUE OS ALUNOS QUE NÃO POSSUEM NENHUM FAMILIAR QUE PRATICA ATIVIDADE FÍSICA APRESENTARAM ESCORES DE AUTOEFICÁCIA SIGNIFICATIVAMENTE MAIS BAIXOS (M = 7,88; DP = 4,65; P = 0,002) DO QUE PARTICIPANTES QUE TÊM ALGUM FAMILIAR QUE PRATICA ATIVIDADE FÍSICA (M = 10,20; DP = 3,81). CONCLUÍMOS QUE A CRIAÇÃO DE UM SUPORTE SOCIAL, QUE FORNEÇA MODELOS E PERSUASÃO SOCIAL POSITIVOS SÃO ELEMENTOS IMPORTANTES PARA PROMOVER O FORTALECIMENTO DA AUTOEFICÁCIA PARA PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA FORA DA ESCOLA.