VIVEMOS ATUALMENTE UM MOMENTO DE PROLIFERAÇÃO DISCURSIVA SOBRE GÊNERO E SEXUALIDADE MUITO IMPULSIONADO PELA VIL ATENÇÃO DISPENSADA A ESSE ASSUNTO POR PARTE DE SETORES DA EXTREMA DIREITA QUE ASCENDERAM AO PODER NA ARENA POLÍTICA BRASILEIRA. COADUNADA A ESSE MOMENTO, DEFLAGROU-SE UMA PANDEMIA QUE INSTAUROU UM PERÍODO ATÍPICO DE ISOLAMENTO E RESTRIÇÕES. MARCADO (INCLUSIVE DE MANEIRA METODOLÓGICA) POR ESTE CONTEXTO É QUE ESTE TRABALHO BUSCA REFLETIR SOBRE OS PROCESSOS DE DOCÊNCIAS TRANS* TENDO EM VISTA NÃO SÓ OS OBSTÁCULOS E VIOLÊNCIAS CONSTRUÍDOS VIA TRANSFOBIA INSTITUCIONAL, MAS TAMBÉM AS POTÊNCIAS SUBVERSIVAS QUE ORBITAM O FAZER DOCENTE DESTES CORPOS DISSIDENTES. A HIPÓTESE SUSTENTADA AQUI É QUE É DIGNO DE ATENÇÃO POR PARTE DA ACADEMIA A FORMULAÇÃO E EXERCÍCIO DE ESTRATÉGIAS SUBVERSIVAS ACIONADAS PELAS DOCENTES INTENTANDO UMA NEGOCIAÇÃO COM OS MECANISMOS IMPEDITIVOS ACIONADOS PELA COMUNIDADE ESCOLAR E OUTRAS INSTITUIÇÕES. ASSIM, SERIA POSSÍVEL CONSTRUIR UMA COMPREENSÃO MAIS COMPLEXA SOBRE OS LIMITES E ALCANCES DO NOSSO SISTEMA EDUCACIONAL. MAIS DO QUE ISSO, A REFLEXÃO DESSAS PESSOAS SOBRE SEU FAZER DOCENTE TAMBÉM DEVE SER ENCARADA COMO POTENTE E VALIOSA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO QUE INTERPELARIA A EDUCAÇÃO COMO UM TODO. PARA TANTO, LANÇAMOS MÃO DE TÁTICAS CARTOGRÁFICAS COMO MÉTODO DE PESQUISA MAIS ADEQUADO ÀS CONDIÇÕES PANDÊMICAS AO ANALISARMOS LIVES DE PROFESSORAS/ES TRANS* SOBRE SUA INSERÇÃO E PERMANÊNCIA NOS CONTEXTOS ESCOLARES, ALÉM DE ENTREVISTAS SEMIESTRUTURADAS. QUANTO ÀS BASES TEÓRICAS, NESTE TRABALHO DIALOGAMOS COM UM REFERENCIAL ORIUNDO DOS ESTUDOS DE MEMÓRIAS (AUTO)BIOGRÁFICAS DOCENTES, ESTUDOS QUEER, FILOSOFIA DA DIFERENÇA E OS PÓS-ESTRUTURALISMOS.