Artigo Anais do I CONEIL

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-86901-92-4

ALENCAR: CULTURA E IDENTIDADE NA OBRA TIL

Palavra-chaves: LITERATURA, DISCURSO, IDENTIDADE, CULTURA, JOSÉ DE ALENCAR Comunicação Oral (CO) AT 04: (Re)visitando a literatura por meio dos impressos de Oitocentos
"2020-11-17 10:33:45" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 72032
    "edicao_id" => 144
    "trabalho_id" => 167
    "inscrito_id" => 335
    "titulo" => "ALENCAR: CULTURA E IDENTIDADE NA OBRA TIL"
    "resumo" => "A PRODUÇÃO E ASCENSÃO DO CAFÉ NAS FAZENDAS DO INTERIOR PAULISTA, REGIÃO DE PIRACICABA, REPRESENTADA NA OBRA TIL, DE JOSÉ DE ALENCAR, RETRATAM A VIDA NAS FAZENDAS, A ECONOMIA, A CULTURA E A IDENTIDADE POR MEIO DE UMA LINGUAGEM OUSADA QUE EMPREGA NEOLOGISMOS PARA DEMONSTRAR “UM DIALETO NOSSO”. NESSA ESTEIRA DE PENSAMENTO, DESTACAMOS QUE O CONTEXTO É A SITUAÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL DE PRODUÇÃO HUMANA DISCURSIVA, NAS QUAIS SE FAZ PRESENTE ELEMENTOS E MANIFESTAÇÕES REAIS DE PRODUÇÃO. CONVÉM DIZER QUE AO PRODUZIR DISCURSOS, O SUJEITO COMPARTILHA QUESTÕES IDEOLÓGICAS E IDENTITÁRIAS.   SEGUNDO CHARAUDEAU E MAINGUENEAU (2005, P. 261) “O DISCURSO QUASE NUNCA É HOMOGÊNEO: ELE MISTURA DIVERSAS SEQUÊNCIAS TEXTUAIS”, NESTE CASO, PODEMOS DIZER QUE O DISCURSO É MARCADO PELOS DISCURSOS DO ENUNCIADOR E DOS OUTROS ENUNCIADORES. COM ISSO, PODEMOS RESSALTAR QUE A LITERATURA APONTA UM CONTEXTO EM QUE REAL E IMAGINÁRIO SE ENTRECRUZAM PARA REVELAR COMPORTAMENTOS, SENTIMENTOS, MANIFESTAÇÕES SOCIAIS, CRENÇAS E RITUAIS. PARA TEVES (2002, P. 64) A APREENSÃO DO REAL SE DÁ QUANDO OCORRE UMA ACEITAÇÃO SOCIAL POR MEIO “DE IMAGENS DE REPRESENTAÇÕES, ARTICULADAS ENTRE SI E QUE CIRCULAM NA SOCIEDADE”. PARTINDO DESSA PREMISSA, OBJETIVAMOS ANALISAR COMO SE DÁ A REPRESENTAÇÃO CULTURAL E DE IDENTIDADE LOCAL. A PESQUISA FUNDAMENTA-SE EM: CHARAUDEAU (2004 E 2006), FOUCAULT (2013), MAINGUENEAU (1995, 1996, 1997, 1998, 2002, 2004, 2006 E 2008), BHABHA (2003), TEVES (2002), ENTRE OUTROS. O PERCURSO METODOLÓGICO INCLUIU ESTUDO HISTÓRICO PARA COMPREENDER O CONTEXTO DE PRODUÇÃO DA OBRA, ALÉM DE ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA NARRATIVA E PARTICULARIDADES DOS PERSONAGENS, POIS ESSE TRABALHO LITERÁRIO SERVE COMO INSTRUMENTO DISCURSIVO PARA REPRESENTAÇÃO CULTURAL, IDENTITÁRIA E HUMANA EM CONTEXTO REGIONAL. ASSIM, PRETENDEMOS MOSTRAR QUE A LINGUAGEM É UM RECURSO LITERÁRIO QUE SINTETIZA UMA TENSÃO VIGENTE NO CONTEXTO SOCIAL E HISTÓRICO, PAUTADA NO CONFLITO ENTRE A VIOLÊNCIA E A ORDEM. PARA MAINGUENEAU (1995, P.146) AS IDEIAS CONTIDAS NO DISCURSO LITERÁRIO APRESENTAM “UMA MANEIRA DE DIZER QUE REMETEM A UMA MANEIRA DE SER”, DEMONSTRANDO AS DIVERSAS CONSTITUIÇÕES IDEOLÓGICAS E CULTURAIS. A FORMA COMO CADA INDIVÍDUO SE MANIFESTA TEM A VER “COM O LUGAR QUE CADA UM OCUPA EM RELAÇÃO À LÍNGUA... SÃO FALANTES QUE, DADA A PROFISSÃO, O MOMENTO HISTÓRICO EM QUE SE INSEREM, A AGUDA SENSIBILIDADE LINGUÍSTICA, O FINO TRATO COM A AS LETRAS NACIONAIS, QUER NA LITERATURA, QUER NO ENFRENTAMENTO DA FALA COTIDIANA” (BRAIT, 2010, P. 66). ASSIM, REFLEXÕES SOBRE COMO ALENCAR CONTA E VALORIZA ELEMENTOS DA CULTURA BRASILEIRA EM FORMAÇÃO, AO PASSO QUE DOCUMENTA PARTICULARIDADES DE UMA FAZENDA PAULISTA DO SÉCULO XIX, COMO AS CONVENÇÕES DISCURSIVAS E DO MUNDO NO QUAL ESTÁ INSERIDO, SÃO VISTAS PELO OLHAR DISCURSIVO LITERÁRIO, COM IDENTIDADES REGIONAIS, REPRESENTANDO UMA REALIDADE REORGANIZADA. SENDO ASSIM, O ROMANCE DE ALENCAR É CENÁRIO PARA ENCONTRO DE VÁRIOS DISCURSOS COM PARTICULARIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA FALADA NO SÉCULO XIX, FATO LINGUÍSTICO QUE REVELA O USO DE UM PORTUGUÊS PERPASSADO POR INFLUÊNCIAS DA NATUREZA E DA CULTURA LOCAL."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "AT 04: (Re)visitando a literatura por meio dos impressos de Oitocentos"
    "palavra_chave" => "LITERATURA, DISCURSO, IDENTIDADE, CULTURA, JOSÉ DE ALENCAR"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO_COMPLETO_EV144_MD1_SA4_ID33525102020202115.pdf"
    "created_at" => "2020-11-17 15:29:21"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "MICHELINE TACIA DE BRITO PADOVANI"
    "autor_nome_curto" => "MICHELINE PADOVANI"
    "autor_email" => "mtbpadovani@gmail.com"
    "autor_ies" => "PUC-SP"
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-do-i-coneil"
    "edicao_nome" => "Anais do I CONEIL"
    "edicao_evento" => "Congresso Nacional em Estudos Interdisciplinares da Linguagem"
    "edicao_ano" => 2020
    "edicao_pasta" => "anais/coneil/2020"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "5fb3e68ada71b_17112020120442.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2020-11-17 10:33:45"
    "publicacao_id" => 70
    "publicacao_nome" => "Revista CONEIL"
    "publicacao_codigo" => "978-65-86901-92-4"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 72032
    "edicao_id" => 144
    "trabalho_id" => 167
    "inscrito_id" => 335
    "titulo" => "ALENCAR: CULTURA E IDENTIDADE NA OBRA TIL"
    "resumo" => "A PRODUÇÃO E ASCENSÃO DO CAFÉ NAS FAZENDAS DO INTERIOR PAULISTA, REGIÃO DE PIRACICABA, REPRESENTADA NA OBRA TIL, DE JOSÉ DE ALENCAR, RETRATAM A VIDA NAS FAZENDAS, A ECONOMIA, A CULTURA E A IDENTIDADE POR MEIO DE UMA LINGUAGEM OUSADA QUE EMPREGA NEOLOGISMOS PARA DEMONSTRAR “UM DIALETO NOSSO”. NESSA ESTEIRA DE PENSAMENTO, DESTACAMOS QUE O CONTEXTO É A SITUAÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL DE PRODUÇÃO HUMANA DISCURSIVA, NAS QUAIS SE FAZ PRESENTE ELEMENTOS E MANIFESTAÇÕES REAIS DE PRODUÇÃO. CONVÉM DIZER QUE AO PRODUZIR DISCURSOS, O SUJEITO COMPARTILHA QUESTÕES IDEOLÓGICAS E IDENTITÁRIAS.   SEGUNDO CHARAUDEAU E MAINGUENEAU (2005, P. 261) “O DISCURSO QUASE NUNCA É HOMOGÊNEO: ELE MISTURA DIVERSAS SEQUÊNCIAS TEXTUAIS”, NESTE CASO, PODEMOS DIZER QUE O DISCURSO É MARCADO PELOS DISCURSOS DO ENUNCIADOR E DOS OUTROS ENUNCIADORES. COM ISSO, PODEMOS RESSALTAR QUE A LITERATURA APONTA UM CONTEXTO EM QUE REAL E IMAGINÁRIO SE ENTRECRUZAM PARA REVELAR COMPORTAMENTOS, SENTIMENTOS, MANIFESTAÇÕES SOCIAIS, CRENÇAS E RITUAIS. PARA TEVES (2002, P. 64) A APREENSÃO DO REAL SE DÁ QUANDO OCORRE UMA ACEITAÇÃO SOCIAL POR MEIO “DE IMAGENS DE REPRESENTAÇÕES, ARTICULADAS ENTRE SI E QUE CIRCULAM NA SOCIEDADE”. PARTINDO DESSA PREMISSA, OBJETIVAMOS ANALISAR COMO SE DÁ A REPRESENTAÇÃO CULTURAL E DE IDENTIDADE LOCAL. A PESQUISA FUNDAMENTA-SE EM: CHARAUDEAU (2004 E 2006), FOUCAULT (2013), MAINGUENEAU (1995, 1996, 1997, 1998, 2002, 2004, 2006 E 2008), BHABHA (2003), TEVES (2002), ENTRE OUTROS. O PERCURSO METODOLÓGICO INCLUIU ESTUDO HISTÓRICO PARA COMPREENDER O CONTEXTO DE PRODUÇÃO DA OBRA, ALÉM DE ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA NARRATIVA E PARTICULARIDADES DOS PERSONAGENS, POIS ESSE TRABALHO LITERÁRIO SERVE COMO INSTRUMENTO DISCURSIVO PARA REPRESENTAÇÃO CULTURAL, IDENTITÁRIA E HUMANA EM CONTEXTO REGIONAL. ASSIM, PRETENDEMOS MOSTRAR QUE A LINGUAGEM É UM RECURSO LITERÁRIO QUE SINTETIZA UMA TENSÃO VIGENTE NO CONTEXTO SOCIAL E HISTÓRICO, PAUTADA NO CONFLITO ENTRE A VIOLÊNCIA E A ORDEM. PARA MAINGUENEAU (1995, P.146) AS IDEIAS CONTIDAS NO DISCURSO LITERÁRIO APRESENTAM “UMA MANEIRA DE DIZER QUE REMETEM A UMA MANEIRA DE SER”, DEMONSTRANDO AS DIVERSAS CONSTITUIÇÕES IDEOLÓGICAS E CULTURAIS. A FORMA COMO CADA INDIVÍDUO SE MANIFESTA TEM A VER “COM O LUGAR QUE CADA UM OCUPA EM RELAÇÃO À LÍNGUA... SÃO FALANTES QUE, DADA A PROFISSÃO, O MOMENTO HISTÓRICO EM QUE SE INSEREM, A AGUDA SENSIBILIDADE LINGUÍSTICA, O FINO TRATO COM A AS LETRAS NACIONAIS, QUER NA LITERATURA, QUER NO ENFRENTAMENTO DA FALA COTIDIANA” (BRAIT, 2010, P. 66). ASSIM, REFLEXÕES SOBRE COMO ALENCAR CONTA E VALORIZA ELEMENTOS DA CULTURA BRASILEIRA EM FORMAÇÃO, AO PASSO QUE DOCUMENTA PARTICULARIDADES DE UMA FAZENDA PAULISTA DO SÉCULO XIX, COMO AS CONVENÇÕES DISCURSIVAS E DO MUNDO NO QUAL ESTÁ INSERIDO, SÃO VISTAS PELO OLHAR DISCURSIVO LITERÁRIO, COM IDENTIDADES REGIONAIS, REPRESENTANDO UMA REALIDADE REORGANIZADA. SENDO ASSIM, O ROMANCE DE ALENCAR É CENÁRIO PARA ENCONTRO DE VÁRIOS DISCURSOS COM PARTICULARIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA FALADA NO SÉCULO XIX, FATO LINGUÍSTICO QUE REVELA O USO DE UM PORTUGUÊS PERPASSADO POR INFLUÊNCIAS DA NATUREZA E DA CULTURA LOCAL."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "AT 04: (Re)visitando a literatura por meio dos impressos de Oitocentos"
    "palavra_chave" => "LITERATURA, DISCURSO, IDENTIDADE, CULTURA, JOSÉ DE ALENCAR"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO_COMPLETO_EV144_MD1_SA4_ID33525102020202115.pdf"
    "created_at" => "2020-11-17 15:29:21"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "MICHELINE TACIA DE BRITO PADOVANI"
    "autor_nome_curto" => "MICHELINE PADOVANI"
    "autor_email" => "mtbpadovani@gmail.com"
    "autor_ies" => "PUC-SP"
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-do-i-coneil"
    "edicao_nome" => "Anais do I CONEIL"
    "edicao_evento" => "Congresso Nacional em Estudos Interdisciplinares da Linguagem"
    "edicao_ano" => 2020
    "edicao_pasta" => "anais/coneil/2020"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "5fb3e68ada71b_17112020120442.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2020-11-17 10:33:45"
    "publicacao_id" => 70
    "publicacao_nome" => "Revista CONEIL"
    "publicacao_codigo" => "978-65-86901-92-4"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 17 de novembro de 2020

Resumo

A PRODUÇÃO E ASCENSÃO DO CAFÉ NAS FAZENDAS DO INTERIOR PAULISTA, REGIÃO DE PIRACICABA, REPRESENTADA NA OBRA TIL, DE JOSÉ DE ALENCAR, RETRATAM A VIDA NAS FAZENDAS, A ECONOMIA, A CULTURA E A IDENTIDADE POR MEIO DE UMA LINGUAGEM OUSADA QUE EMPREGA NEOLOGISMOS PARA DEMONSTRAR “UM DIALETO NOSSO”. NESSA ESTEIRA DE PENSAMENTO, DESTACAMOS QUE O CONTEXTO É A SITUAÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL DE PRODUÇÃO HUMANA DISCURSIVA, NAS QUAIS SE FAZ PRESENTE ELEMENTOS E MANIFESTAÇÕES REAIS DE PRODUÇÃO. CONVÉM DIZER QUE AO PRODUZIR DISCURSOS, O SUJEITO COMPARTILHA QUESTÕES IDEOLÓGICAS E IDENTITÁRIAS. SEGUNDO CHARAUDEAU E MAINGUENEAU (2005, P. 261) “O DISCURSO QUASE NUNCA É HOMOGÊNEO: ELE MISTURA DIVERSAS SEQUÊNCIAS TEXTUAIS”, NESTE CASO, PODEMOS DIZER QUE O DISCURSO É MARCADO PELOS DISCURSOS DO ENUNCIADOR E DOS OUTROS ENUNCIADORES. COM ISSO, PODEMOS RESSALTAR QUE A LITERATURA APONTA UM CONTEXTO EM QUE REAL E IMAGINÁRIO SE ENTRECRUZAM PARA REVELAR COMPORTAMENTOS, SENTIMENTOS, MANIFESTAÇÕES SOCIAIS, CRENÇAS E RITUAIS. PARA TEVES (2002, P. 64) A APREENSÃO DO REAL SE DÁ QUANDO OCORRE UMA ACEITAÇÃO SOCIAL POR MEIO “DE IMAGENS DE REPRESENTAÇÕES, ARTICULADAS ENTRE SI E QUE CIRCULAM NA SOCIEDADE”. PARTINDO DESSA PREMISSA, OBJETIVAMOS ANALISAR COMO SE DÁ A REPRESENTAÇÃO CULTURAL E DE IDENTIDADE LOCAL. A PESQUISA FUNDAMENTA-SE EM: CHARAUDEAU (2004 E 2006), FOUCAULT (2013), MAINGUENEAU (1995, 1996, 1997, 1998, 2002, 2004, 2006 E 2008), BHABHA (2003), TEVES (2002), ENTRE OUTROS. O PERCURSO METODOLÓGICO INCLUIU ESTUDO HISTÓRICO PARA COMPREENDER O CONTEXTO DE PRODUÇÃO DA OBRA, ALÉM DE ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA NARRATIVA E PARTICULARIDADES DOS PERSONAGENS, POIS ESSE TRABALHO LITERÁRIO SERVE COMO INSTRUMENTO DISCURSIVO PARA REPRESENTAÇÃO CULTURAL, IDENTITÁRIA E HUMANA EM CONTEXTO REGIONAL. ASSIM, PRETENDEMOS MOSTRAR QUE A LINGUAGEM É UM RECURSO LITERÁRIO QUE SINTETIZA UMA TENSÃO VIGENTE NO CONTEXTO SOCIAL E HISTÓRICO, PAUTADA NO CONFLITO ENTRE A VIOLÊNCIA E A ORDEM. PARA MAINGUENEAU (1995, P.146) AS IDEIAS CONTIDAS NO DISCURSO LITERÁRIO APRESENTAM “UMA MANEIRA DE DIZER QUE REMETEM A UMA MANEIRA DE SER”, DEMONSTRANDO AS DIVERSAS CONSTITUIÇÕES IDEOLÓGICAS E CULTURAIS. A FORMA COMO CADA INDIVÍDUO SE MANIFESTA TEM A VER “COM O LUGAR QUE CADA UM OCUPA EM RELAÇÃO À LÍNGUA... SÃO FALANTES QUE, DADA A PROFISSÃO, O MOMENTO HISTÓRICO EM QUE SE INSEREM, A AGUDA SENSIBILIDADE LINGUÍSTICA, O FINO TRATO COM A AS LETRAS NACIONAIS, QUER NA LITERATURA, QUER NO ENFRENTAMENTO DA FALA COTIDIANA” (BRAIT, 2010, P. 66). ASSIM, REFLEXÕES SOBRE COMO ALENCAR CONTA E VALORIZA ELEMENTOS DA CULTURA BRASILEIRA EM FORMAÇÃO, AO PASSO QUE DOCUMENTA PARTICULARIDADES DE UMA FAZENDA PAULISTA DO SÉCULO XIX, COMO AS CONVENÇÕES DISCURSIVAS E DO MUNDO NO QUAL ESTÁ INSERIDO, SÃO VISTAS PELO OLHAR DISCURSIVO LITERÁRIO, COM IDENTIDADES REGIONAIS, REPRESENTANDO UMA REALIDADE REORGANIZADA. SENDO ASSIM, O ROMANCE DE ALENCAR É CENÁRIO PARA ENCONTRO DE VÁRIOS DISCURSOS COM PARTICULARIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA FALADA NO SÉCULO XIX, FATO LINGUÍSTICO QUE REVELA O USO DE UM PORTUGUÊS PERPASSADO POR INFLUÊNCIAS DA NATUREZA E DA CULTURA LOCAL.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.