O PRESENTE ARTIGO É UM RECORTE DA PESQUISA EM CURSO NO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DA UFSCAR-SOROCABA, QUE RESGATA MEMÓRIAS DOS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS DA REGIÃO DE SOROCABA, OUTRORA CONSIDERADA O MAIOR PÓLO MANICOMIAL DA AMÉRICA LATINA, A PARTIR DAS VOZES DE MULHERES QUE TIVERAM SUAS VIDAS ATRAVESSADAS PELOS MANICÔMIOS PELA VIA DO TRABALHO. NOSSO FOCO EM ANÁLISES SOBRE A MEMÓRIA, FIO CONDUTOR DESSE ESTUDO, ANCORA-SE EM SEU SENTIDO ÉTICO-POLÍTICO DE CONSTRUÇÃO DE NOVAS FUTURIDADES, ONDE OS ELEMENTOS DO TEMPO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO – ENTRECRUZAM-SE NA CONSTRUÇÃO DE NOSSA REALIDADE SOCIAL, COMO POSSIBILIDADES DE RUPTURA COM AS REPETIÇÕES DE UM PASSADO DE VIOLÊNCIAS INSTITUCIONAIS E DESUMANIZAÇÃO DE INDIVÍDUOS, TÃO MARCADOS NA HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES MANICOMIAIS E NA LÓGICA DE CUIDADO ENRAIZADA NA REGIÃO CONSIDERADA. A PARTIR DO CAMINHO METODOLÓGICO-CONCEITUAL TRAÇADO, INSTRUMENTALIZADOS PELA HISTÓRIA ORAL, COMPREENDEMOS QUE AS MEMÓRIAS COLETIVAS POSSIBILITAM A COMPREENSÃO DE QUADROS SOCIAIS COMPLEXOS, DOS QUAIS DESTACAMOS AS ESPECIFICIDADES DA EXPERIÊNCIA ENCARNADA DO TRABALHO FEMININO NO REFERIDO PÓLO MANICOMIAL. ESPERAMOS PODER CONTRIBUIR COM OS DEBATES QUE PROBLEMATIZAM A DESCOLONIZAÇÃO E A DESINSTITUCIONALIZAÇÃO DO CAMPO DA SAÚDE MENTAL, COM OLHAR CRÍTICO VOLTADO ESPECIALMENTE PARA A MANUTENÇÃO DA EXPLORAÇÃO DO TRABALHO DE MULHERES COMO PROVEDORAS DO CUIDADO, O QUE NECESSITA SER DISCUTIDO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO.