AO NOS DEPARARMOS COM A VIOLÊNCIA E DISCRIMINAÇÃO, MUITAS VEZES DE FORMA FORTUITA, IMPESSOAL E SEM MOTIVAÇÃO CLARA, MOTIVADOS PELA FOMA DOS SUJEITOS CONCEBEREM A SI MESMO, SUA IDENTIDADE DE GÊNERO, SEXUALIDADE E AFINS, CARACTERÍSTICAS QUE DEFINEM AS LGBT+, NOS DEPARAMOS, ESTUPEFATOS, COM EXPLICAÇÕES SUPERFICIAIS, DESCONTEXTUALIDAS, NOÇÕES NATURALIZADAS OU CONCEITUALMENTE VAGAS QUE POUCO OU NADA CONTRIBUEM A COMPREENSÃO DESTE FENÔMENO NA ATUALIDADE. PARTINDO DE UM PONTO EM COMUM, PRESENTE NA MAIORIA DAS ANÁLISES, O AFETO DE ÓDIO SURGE COMO GRANDE MOTIVADOR DOS CRIMES COMETIDOS CONTRA ESTA PARCELA DA POPULAÇÃO. POR NÃO CONHECERMOS, PARA ALÉM DA CONSCIÊNCIA, AS FORÇAS QUE FREMEM NA CONSTITUIÇÃO DOS AFETOS E SUA RELEVÂNCIA NA CONSTRUÇÃO DOS CONTORNOS PSÍQUICOS DAQUILO QUE SOMOS, TENDEMOS CONSIDERÁ-LOS (O ÓDIO EM ESPECIAL) COMO COADJUVANTES DE NOSSAS AÇÕES, CONDUZINDO-NOS, VIA DE REGRA, À EXPLICAÇÕES CASUÍSTICAS, INDIVIDUALIZADAS E POUCOS CONSISTENTES QUE POUCO OU NADA CONTRIBUEM PARA CONSTRUÇÃO DE OUTRAS FORMAS DE CONCEBERMOS ESTE TIPO DE VIOLÊNCIA NA ATUALIDADE. PARTINDO DA CRÍTICA AOS PRESSUPOSTOS DA CENTRALIDADE DA CONSCIÊNCIA/RAZÃO (EM SUA OPOSIÇÃO AOS AFETOS) PRETENDEMOS, A PARTIR DAS CONTRIBUIÇÕES ESPINOSA E FREUD, REDEFINIR A RELEVÂNCIA DOS AFETOS DE FORMA A ESTABELECERMOS UMA RELAÇÃO MARCADA NÃO MAIS PELA SUBMISSÃO E INCOMPREENSÃO, MAS SIM PELA POSSIBILIDADE DE CONSTRUÇÃO DE UMA ÉTICA QUE NOS PERMITA ESTABELECER OUTRAS FORMAS DE LIDAR COM AS FORÇAS QUE FREMEM NO SUJEITO, POSSIBILITANDO A CONSTRUÇÃO DE OUTROS OLHARES, ENTENDIMENTOS E ENFRENTAMENTOS DO FENÔMENO DA VIOLÊNCIA MOTIVADA PELO ÓDIO E ENDEREÇADA A PARCELAS ESPECÍFICAS DA POPULAÇÃO (LGBT+).