PERCEBIDA COMO UM RECURSO POLÍTICO DURANTE O ESTADO NOVO, A JUVENTUDE PASSOU A OCUPAR UM LUGAR DE RELEVO NOS DEBATES DA ARENA POLÍTICA E NOS PROJETOS EDUCACIONAIS. AS ESCOLAS FORAM ESTRATEGICAMENTE UTILIZADAS PARA DISSEMINAR A IDEOLOGIA DO REGIME VIGENTE, CONTUDO ERA PRECISO CONTROLAR O COMPORTAMENTO DA JUVENTUDE FORA DO AMBIENTE ESCOLAR PARA QUE ELA PUDESSE TORNAR-SE “SAUDÁVEL” E APTA A CUMPRIR SEUS DEVERES JUNTO À NAÇÃO. DESTARTE, EM 8 DE MARÇO DE 1940 É INSTITUCIONALIZADA, POR MEIO DO DECRETO Nº 2.072, A JUVENTUDE BRASILEIRA, UM MOVIMENTO DE MOBILIZAÇÃO CÍVICA PARA CONGREGAR TODA A INFÂNCIA E JUVENTUDE. NESSE MESMO ANO, O PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS ELEGE O ESCOTISMO COMO UM MODELO PARA OS JOVENS BRASILEIROS E O INCORPORA À JUVENTUDE BRASILEIRA. O PRESENTE ARTIGO PROBLEMATIZA COMO SE DEU A MOBILIZAÇÃO CÍVICA DA JUVENTUDE DURANTE O ESTADO NOVO. O TRABALHO ORIENTADO PELAS DISCUSSÕES TEÓRICAS SOBRE O PODER E AS ARTES DISCIPLI¬NARES, DISCUTIDAS POR MICHEL FOUCAULT (1987) E JUVENTUDE, PROPOSTAS POR LUÍS ANTONIO GROPPO (2004), ARTICULADO A FONTES IMPRESSAS, TAIS COMO LEIS, DECRETOS, DISCURSOS PRESIDENCIAIS, ENTRE OUTROS, E A BIBLIOGRAFIA QUE VERSA SOBRE O ESTADO NOVO, A ORGANIZAÇÃO DA JUVENTUDE BRASILEIRA E O ESCOTISMO, CONSTATOU QUE OS IDEÓLOGOS DO ESTADO NOVO IDEALIZARAM E INSTITUÍRAM UMA INSTITUIÇÃO NACIONAL PARA ARREGIMENTAR OS JOVENS BRASILEIROS. A PARTIR DE ENTÃO, A JUVENTUDE BRASILEIRA E O ESCOTISMO ESTIVERAM A SERVIÇO DO REGIME ESTADONOVISTA NO PROJETO PARA EDUCAR CIVICAMENTE AQUELES QUE ERAM CONSIDERADOS O “FUTURO DA NAÇÃO”.