AS INSTITUIÇÕES ESCOLARES SÃO AMBIENTES INÓSPITOS PARA DISSIDENTES DAS EXPRESSÕES NORMALIZADAS E ALINHADAS COM O BINARISMO ENGENDRADO PELO SISTEMA SEXO-GÊNERO. É CONSENSUAL ENTRE PESQUISADORES E ATIVISTAS QUE É A TRANSFOBIA PRESENTE NESSAS INSTITUIÇÕES QUE IMPEDE AS PESSOAS TRANS DE PERMANECEREM FREQUENTANDO OS BANCOS ESCOLARES NOS QUAIS VÁRIOS INDICADORES APONTAM O ABANDONO PRECOCE DA ESCOLA E A NÃO ENTRADA NO ENSINO SUPERIOR DESSE PÚBLICO– RAZÃO PARA A BAIXA PROFISSIONALIZAÇÃO E, COMO UM DESDOBRAMENTO, CONCORRENTE DIREITO PARA O INGRESSO, POR EXEMPLO, NO MERCADO SEXUAL DA PROSTITUIÇÃO.
ESSA REALIDADE AOS POUCOS VEM SE ALTERANDO, MESMO EM UM CONTEXTO TÃO ADVERSO, A PARTIR DA APROVAÇÃO DO USO DO NOME SOCIAL NOS REGISTROS ESCOLARES. E O ARTIGO AQUI APRESENTADO BUSCA ELABORAR UM PERFIL DE ESTUDANTES TRANS NO ENSINO SUPERIOR A PARTIR DE SUA INSERÇÃO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS/UFMG, TRAZENDO ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM QUEM SÃO ESSES SUJEITOS AO COMPOR UM PERFIL DE UM SEGMENTO DESSA POPULAÇÃO QUE ENFRENTA TANTAS DIFICULDADES DE ACESSAR ESSE NÍVEL DE ENSINO.
O QUESTIONÁRIO FOI ENVIADO POR E-MAIL PARA OS TRINTA CINCO ESTUDANTES TRANS DA UNIVERSIDADE COM UM CONVITE PARA PARTICIPAR DA PESQUISA. DESSE UNIVERSO, QUINZE PESSOAS ACEITARAM PARTICIPAR E RESPONDER O QUESTIONÁRIO QUE ESTÁ ORGANIZADO EM CINCO SEÇÕES ESPECÍFICAS: IDENTIFICAÇÃO PESSOAL, ESCOLARIZAÇÃO, FAMÍLIA DE ORIGEM, RELIGIÃO, COABITAÇÃO E MORADIA, RENDA, E PELA EXIGUIDADE DA ESTRUTURA DO PRESENTE ARTIGO APRESENTAMOS AQUI ALGUNS ELEMENTOS DESSAS SEÇÕES DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS.