ESTE ARTIGO SE PROPÕE A INVESTIGAR PRÁTICAS BIOPOLÍTICAS A PARTIR DAS AUTORREPRESENTAÇÕES FOTOGRÁFICAS DOS PERFIS DO APLICATIVO DE ENCONTRO GRINDR NO RECIFE. ENTENDEMOS POR PRÁTICAS BIOPOLÍTICAS A REPRODUÇÃO DE PADRÕES DE EXCLUSÃO DE CORPOS E VIVÊNCIAS NÃO HEGEMÔNICOS, QUE MODULAM O REGIME DE VISIBILIDADE QUE BUSCAMOS INVESTIGAR ATRAVÉS DAS IMAGENS DOS PERFIS. SUSTENTAMOS QUE ESSAS PRÁTICAS PRODUZEM – OU TORNAM SIGNIFICATIVAMENTE MAIS EFICIENTE A REPRODUÇÃO DE – SUBJETIVIDADES RELACIONADAS AO ÂMBITO DO DESEJO HOMOERÓTICO MASCULINO. ESTAS SERIAM CONDICIONADAS, POR SUA VEZ, A UM PROJETO BIOPOLÍTICO QUE PRIVILEGIA A EXISTÊNCIA DE DETERMINADOS CORPOS EM DETRIMENTO DE OUTROS. PARA A ANÁLISE PROPOSTA NESTE ARTIGO, CONSTRUÍMOS UM BANCO DE DADOS COMPOSTO POR 120 PERFIS DO GRINDR, COLETADOS ENTRE OS MESES DE JUNHO E JULHO DE 2019 NA CIDADE DO RECIFE. A ANÁLISE SERÁ CONDUZIDA A PARTIR DAS CONCEITUAÇÕES DE CAPITALISMO 24/7 (CRARY, 2016), REGIME DE VISIBILIDADE (BRUNO, 2013) E BIOPOLÍTICA (FOUCAULT, 2002; 2005; 2008). A PARTIR DOS DADOS COLETADOS, OBSERVAMOS UM REGIME VISIBILIDADE ESPECÍFICO QUE SE MOSTRA INBRICADO COM O QUE CHAMAMOS PROVISORIAMENTE DE REGIME DE DESEJABILIDADE.