O CENÁRIO ATUAL DA EDUCAÇÃO TEM EXPLORADO AS DISCUSSÕES QUE RELACIONAM GÊNERO E CIÊNCIA, SOBRETUDO NO CAMPO DA FÍSICA. AS INSTITUIÇÕES FORMADORAS, COMO ESCOLAS E UNIVERSIDADES, HISTORICAMENTE COMPROMETIDOS COM REGIMES DE GÊNERO QUE GERAM HIERARQUIAS E EXCLUSÃO NAS DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO. COM ISSO, O OBJETIVO DESTE ESTUDO É CONHECER OS DISCURSOS EM CIRCULAÇÃO SOBRE OS ESTEREÓTIPOS VIVENCIADOS PELA MULHER NA DOCÊNCIA EM FÍSICA NO AGRESTE DE PERNAMBUCO. NOS APORTAMOS NOS ESTUDOS DE GÊNERO (SCOTT, 1989; LOURO, 2014), NAS RELAÇÕES ENTRE GÊNERO (CHASSOT, 2004; SCHIEBINGER, 2001; LETA, 2003) E CIÊNCIA E NA TEORIA DO DISCURSO PROPOSTA POR LACLAU E MOUFFE (2015). CONSTRUÍMOS UM CORPUS FORMADO POR ENTREVISTAS EM PROFUNDIDADE COM SEIS DOCENTES DE FÍSICA DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO AGRESTE DE PERNAMBUCO. OBSERVAMOS QUE A DOCÊNCIA EM FÍSICA AINDA É HEGEMONICAMENTE VISTA COMO UM CAMPO DE ATUAÇÃO MASCULINA, ONDE O MITO DE QUE HOMENS SÃO MELHORES EM FÍSICA POR “NATURALMENTE” SEREM DOTADOS DE HABILIDADES E CARACTERÍSTICAS EXIGIDAS PARA ATUAREM NAS CIÊNCIAS “HARD”. ISTO TEM DISSEMINADO ESTEREÓTIPOS SOBRE A ATUAÇÃO DA MULHER NA FÍSICA, QUE AS (IN)VISIBILIZAM. O COTIDIANO DE ESCOLAS E UNIVERSIDADES VEM SENDO DESAFIADO POR PERFORMANCES DE GÊNERO DESLOCADAS E POR POLÍTICAS EDUCACIONAIS DE EQUIDADE DE GÊNERO, REVELANDO ASSIM, O CARÁTER PROVISÓRIO DOS REGIMES DE GÊNERO E CARACTERIZANDO O CAMPO DA DOCÊNCIA EM FÍSICA COMO UMA ARENA DE DISPUTA E NEGOCIAÇÃO DE SIGNIFICADOS.