TRILHAR CAMINHOS QUE DESAFIAM A NORMA ESTABELECIDA POR NOSSA SOCIEDADE E NOSSA CULTURA É UM DESAFIO QUE MUITOS SUJEITOS PRECISAM ENFRENTAR. DURANTE TODA A VIDA SOMOS BOMBARDEADOS POR DISCURSOS QUE PROPAGAM UM DIZER PREDOMINANTEMENTE HETERONORMATIVO E AQUELES QUE NÃO O SEGUEM, SÃO POSTOS EM UM LUGAR À MARGEM. DIANTE DISSO, PENSAR E PROBLEMATIZAR O LUGAR EM QUE A CRIANÇA QUEER SE INSERE EM TODO ESSE CONTEXTO, TORNA-SE INEVITÁVEL CAMINHO AO NOS DETERMOS SOBRE A INSTITUCIONALIZAÇÃO DE TODOS OS SUJEITOS EM DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL E IDENTITÁRIO. EM “FLOR, FLORES E FERRO RETORCIDO”, CONTO ESCRITO POR NATALIA BORGES POLESSO, PERCEBEMOS QUE, A PARTIR DE UMA MEMÓRIA VIVIDA DURANTE A INFÂNCIA DE UMA PERSONAGEM-PROTAGONISTA MENINA, UMA FIGURA MARCANTE LHE É LEMBRADA. É A PARTIR DO PRIMEIRO CONTATO COM A PALAVRA “MACHORRA” QUE ELA INICIARÁ SUA ANGUSTIANTE BUSCA NA TENTATIVA DE COMPREENDER O SENTIDO DESSE VOCÁBULO INTRIGANTE. PARA ISSO, NOS BASEAMOS NOS ESCRITOS DE LOURO (2004, 2018), PRECIADO (2013) E BOURDIEU (2002), ENTRE OUTROS, TRAZEMOS A PROPOSTA DE LEITURA DO CONTO EM TORNO DAS POTÊNCIAS DO AFETO VIVENCIADAS PELA PROTAGONISTA.