NESTE ENSAIO ANALISO O RELATO DE PARTO DE UMA REMANESCENTE INDÍGENA DA ETNIA ANAMBÉ CUJO PARTO FOI REALIZADO EM UM HOSPITAL NO INTERIOR DO NORDESTE PARAENSE. ATRAVÉS DAS ORDENS DE INDEXICALIDADE MOBILIZADAS EM SUA NARRATIVA IDENTIFICO AS PERFORMANCES DISCURSIVAS DE GÊNERO E ETNIA QUE COMPARECEM PARA DIZER SOBRE SUA RECEPÇÃO NO CONTEXTO HOSPITALAR. TOMANDO A LINGUAGEM QUANDO UMA ARENA EM QUE OS SENTIDOS E SIGNIFICADOS PARA A LEITURA DOS CONTEXTOS SOCIAIS SÃO DISPUTADOS, IDENTIFICO COMO OS DISCURSOS ACERCA DA MATERNIDADE DE MULHERES DE POVOS ORIGINÁRIOS FOI ENTEXTUALIZADA DE UM CONTEXTO COLONIAL À CONTEMPORANEIDADE, PRODUZINDO ESTEREÓTIPOS QUE GUIAM A MANEIRA COM QUE SÃO RECEBIDAS INSTITUCIONALMENTE NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE.